segunda-feira, 27 de junho de 2016

Os Donos do Caos


Imperialismo Ianque é Degenerador e
Põe o Mundo em Risco Constante

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Até na Grécia, berço da democracia, o neonazismo ressurge

















A situação delicada em que vive a União Europeia, agravada com o plebiscito no Reino Unido, é fruto da irresponsabilidade dos governos de seus mais importantes países-membros, que apoiaram entusiasticamente os erros primários da política externa dos Estados Unidos, intensificada depois da queda do Muro de Berlim e da derrocada da União Soviética. O fato concreto é que, com o fim da guerra fria, os norte-americanos se consideraram livres da ameaça comunista e passaram a agir como donos do mundo, uma postura que jamais não poderia dar certo, mas os governantes europeus apoiaram.

A primeira intervenção norte-americana em 1990, na Guerra do Golfo, tinha justificada na invasão do Kuwait pelas forças iraquianas e teve apoio até de países árabes, como Egito, Arábia Saudita, Omã e Líbia.  Mas o que se viu depois foram atos de um imperialismo brutal, que usava argumentos politicamente falsos para atender a interesses econômicos, contando com a complacência da própria ONU e a cumplicidade de alguns dos mais importantes países europeus, como Reino Unido, França, Itália e até a Suécia.

Com essa política degenerada e arrasadora, os Estados Unidos conseguiram destruir dois países ricos em petróleo e que estavam em processo de ocidentalização, Iraque e Líbia, além de terem invadido também o Afeganistão, a pretexto de destruir o terrorismo islamita, meta que não foi alcançada, muito pelo contrário.

Depois da aventura no Afeganistão, o falacioso argumento para invadir novamente o Iraque em 2003 foi a existência de “armas de destruição em massa” (nucleares, químicas e biológicas) que jamais o governo de  Saddam Hussein conseguira construir.

A escalada era previsível. Em 22 de fevereiro de 2011, o líder líbio Muammar al-Gaddafi alertou em discurso à nação que os Estados Unidos queriam fazer na Líbia o mesmo que fizeram no Afeganistão e no Iraque. E realmente isso aconteceu menos de um mês depois, a 19 de março, quando os aviões da França lançaram as primeiras bombas e a OTAN (leia-se: os Estados Unidos) iniciou a destruição do país, a pretexto de transformá-lo numa democracia.

Na volúpia do imperialismo, os EUA e seus aliados seguiram em frente, mas mudaram de estratégia no caso da Síria. Desta vez, não invadiram. Para derrubar o presidente Bashar al-Assad, passaram a apoiar financeira e militarmente os grupos rebeldes. Se a Rússia não tivesse entrado na guerra, Assad já teria caído. Mas isso pouco importa agora, porque o país já está praticamente destruído, como aconteceu no Iraque e na Líbia.

O resultado dessa equivocada  política dos EUA foi sinistro, provocando o surgimento do barbarismo representado pelo Estado Islâmico, a invasão da Europa pelos migrantes árabes e africanos e a consequente ressurreição do nacionalismo extremado, do racismo e da Foi uma política em que não há vencedores. Com essas guerras inúteis, os Estados Unidos não ficaram mais ricos nem mais pobres. E o preço do sonho imperialista está sendo pago por seus aliados, os países europeus, agora invadidos por todo tipo de imigrantes, sem que possa haver controle.

A Europa hoje vive em transe político, econômico e social. Os britânicos foram os primeiros a abandonar a União Europeia, que pode até sobreviver como bloco comercial, porém jamais será a mesma unidade, em termos políticos e sociais.

O resultado é que as fronteiras da Europa estão se fechando, inexoravelmente, o terrorismo é uma ameaça cada vez forte e nenhum de nós estará vivo para assistir à formação de um Admirável Mundo Novo, que só pode ser almejado pelas próximas gerações, que terá de consertar os erros primários dos atuais governantes ocidentais.    


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