quarta-feira, 28 de junho de 2017

A paz na Colômbia

Por Fernando Figueiredo - De Niterói



Será possível a paz entre Guerrilheiros e Governo?























Esta semana, com a entrega de suas armas à ONU, as Farc, a mais antiga guerrilha do ocidente deixará de existir. Esse é um passo decisivo em direção ao acordo de paz assinado, no ano passado, entre os líderes dos guerrilheiros e o governo, em Havana. O presidente, Juan Manuel Santos, que conta com uma popularidade abaixo de 12%, vê uma plateia dividida entre aqueles que apoiam a paz, com os guerrilheiros, e os que a refutam.

Muitos, contrários ao acordo, veem nesse novo cenário, onde o grupo chegaria ao poder pelo voto, como um processo que levaria a "venezuelização" do país. Apesar de a paz com as Farc ser incerta, dois pontos centrais vão se cumprir: o cessar-fogo e a entrega das armas da guerrilha. O que, por si só já representa um grande avanço. Os próximos passos incluem ainda, vale destacar, uma reforma política que, entre outras coisas, transforma o grupo guerrilheiro em partido político.

E o número daqueles que tem uma imagem negativa das Farc é ainda maior, o que era de se esperar, depois de mais de 50 anos do grupo em atividade, levando a mais de 200 mil civis mortos e vários desabrigados, expulsos de suas casas. Por parte do governo, o escândalo dos falso positivos, integrantes do exército matavam civis e apresentavam como guerrilheiros, o ministro da defesa à época era o presidente Santos.