sábado, 22 de fevereiro de 2025

O Legado Catastrófico de Jair Bolsonaro: Uma Análise Crítica

Desigualdade Social, O Governo Da Fome, Ideologias Abjetas, Morticínio na Pandemia, Corrupção, Tentativa de Ruptura Violenta Do Estado Democrático De Direito através de Tentativa de Golpe de Estado com o Assassinato de líderes opositores e vencedores legítimos das eleições de 2022.
Este foi o principio, meio e fim do pior governo da história.



Bolsonaro e a Máscara: Agencia Globo 2020









Por Antonio Siqueira

A democracia brasileira, construída com esforços históricos após décadas de autoritarismo, enfrentou nos últimos anos uma de suas maiores provações. O ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo mandato foi marcado por polarização, ataques às instituições e uma retórica inflamada, agora é alvo de denúncias no Superior Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de estado e ruptura violenta do Estado Democrático de Direito. Essas acusações, que ecoam os eventos trágicos de 8 de janeiro de 2023, quando simpatizantes do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, exigem uma reflexão profunda sobre o legado de seu governo e os riscos que sua postura representa para a estabilidade política do país.

Desde sua ascensão ao poder em 2019, Bolsonaro cultivou uma relação ambígua com as instituições democráticas. Sua retórica frequentemente minimizava a importância do Congresso Nacional e do Judiciário, caracterizando-os como obstáculos à sua agenda política. Além disso, seu governo foi marcado por uma constante deslegitimação da imprensa e de organismos de controle, como o STF, que ele repetidamente atacou em discursos públicos. Essa postura não apenas alimentou a desconfiança nas instituições, mas também criou um ambiente propício para o surgimento de movimentos antidemocráticos.

A pandemia de COVID-19 expôs ainda mais as fragilidades de sua gestão. Bolsonaro adotou um discurso negacionista, desprezando medidas sanitárias e promovendo tratamentos sem comprovação científica. O resultado foi um dos maiores números de mortes do mundo, além de um aprofundamento da crise econômica e social. Sua postura durante a pandemia reforçou a imagem de um líder alheio às demandas da população e mais interessado em consolidar sua base de apoio ideológico. Bolsonaro, não raro, é tratado por opositores pela acunha de "Genocida", seja nas redes sociais ou em aparições públicas. 


A Tentativa de Golpe e o Ataque às Instituições


As denúncias que pesam sobre Bolsonaro no STF estão diretamente relacionadas aos eventos que se seguiram à sua derrota nas eleições de 2022. Após meses de ataques infundados ao sistema eleitoral, que incluíram alegações de fraude sem provas concretas, Bolsonaro se recusou a reconhecer publicamente a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa postura alimentou a ira de seus apoiadores mais radicais, culminando nos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

As imagens de manifestantes invadindo o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF chocaram o mundo e expuseram a, até então, fragilidade da democracia brasileira. Embora Bolsonaro não tenha participado diretamente dos atos (três dias antes da posse de Lula, embarcou em ritmo de fuga desesperada com a família e assessores para os EUA), sua retórica inflamada e sua constante deslegitimação das instituições foram amplamente interpretadas como um incentivo à violência. As denúncias no STF apontam para uma possível articulação de Bolsonaro e seus aliados para manter-se no poder, mesmo após a confirmação de sua derrota eleitoral. O apoio velado e o incentivo e patrocínio de acampamentos com milhares de apoiadores em frente à dezenas de quartéis do Estado Maior Do Exercito Brasileiro por mais de dois meses, a Minuta do Golpe, o planejamento detalhado para o assassinato do ministro Alexandre de Moraes por atentado bélico e do presidente recém empossado, Luiz Inacio Lula Da Silva, por envenenamento ainda citando como possível suposto alvo o vice presidente Geraldo Alkmin e um 4° personagem, um dos líderes da oposição na câmara não identificado publicamente. Fatos que se comprovados em juízo podem condenar Bolsonaro e o outros 33 denunciados pela Procuradoria Geral Da Republica a pelo menos 39 anos de prisão.


O Legado de um Governo que Desafiou a Democracia


O governo Bolsonaro deixou um legado profundamente divisivo. Por um lado, seus apoiadores celebram sua agenda conservadora, que incluiu a flexibilização da posse de armas, a expansão do agronegócio e uma postura firme contra a corrupção. Por outro, críticos apontam para o aumento da desigualdade social, o desmonte de políticas ambientais e o enfraquecimento das instituições democráticas como marcas negativas de seu mandato.

No entanto, o aspecto mais preocupante de seu legado é a normalização do discurso autoritário. Bolsonaro não apenas questionou a legitimidade das eleições, mas também flertou abertamente com a ideia de um golpe de estado, sugerindo em diversas ocasiões que as Forças Armadas poderiam intervir para garantir a "ordem". Essa postura não apenas minou a confiança no sistema eleitoral, mas também colocou em risco a estabilidade política do país.


A Importância de Responsabilização


As denúncias contra Bolsonaro no STF representam um teste crucial para a democracia brasileira. A responsabilização de um ex-presidente por tentativas de golpe e ruptura do Estado Democrático de Direito é essencial para garantir que tais ações não se repitam no futuro. A impunidade, nesse caso, poderia enviar uma mensagem perigosa de que ataques às instituições podem ser cometidos sem consequências.

Além disso, é fundamental que o país avance em direção a uma reconciliação democrática. Isso requer não apenas a punição dos responsáveis por atos antidemocráticos, mas também um esforço coletivo para fortalecer as instituições e promover o diálogo entre diferentes setores da sociedade. A polarização exacerbada durante o governo Bolsonaro deixou feridas profundas, e a reconstrução do tecido social exigirá tempo, paciência e compromisso com os valores democráticos.

Jair Bolsonaro deixou a presidência sob a sombra de acusações graves que mancham não apenas sua imagem, mas também o próprio processo democrático brasileiro. Sua postura autoritária, sua retórica inflamada e sua aparente disposição para desafiar as regras do jogo político representam um alerta para os riscos que líderes populistas podem representar para a democracia. As denúncias no STF são um passo importante para garantir que tais ações não fiquem impunes, mas o verdadeiro desafio será reconstruir a confiança nas instituições e fortalecer a cultura democrática no Brasil. O futuro do país depende de nossa capacidade de aprender com os erros do passado e de nos comprometermos com a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito. 



*Fontes: O dia a dia, a acuidade de sentidos e um pouco de atenção à verdade histórica

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