quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Islamofobia, Hitler, discurso de ódio.

Por Fernando Figueiredo - De Niterói - RJ
+ArteVitalBlog @arte_antonio_siqueira







Quem lembra quando, em 2006, as caricaturas blasfemas contra o Islã que foram publicadas por um jornal dinamarquês provocaram 205 mortos? Na época, a posição oficial da União Europeia era de que não havia islamofobia de forma alguma e que se tratava de um incidente isolado. Mas agora assistimos a uma autêntica negação da realidade, sob a bandeira dos Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente).
Uma cadeia ininterrupta de vitórias da extrema-direita no velho continente foi recebida com uma indiferença generalizada. Ignorando uma maré xenófoba, nacionalista e populista que se está apoderando da Europa. Que defende a expulsão de todos os muçulmanos, declarando o Islã incompatível com a Europa. Lembremos que Hitler declarou os judeus incompatíveis com a Europa, isto não provoca um déjà vu?


Essa guinada à direita do continente, além do nacionalismo e do populismo, recebeu a contribuição da criação do Estado Islâmico, em 2014, com atentados na Europa que difundiram um medo generalizado.e da crise dos refugiados, vista na Europa como uma invasão maciça e sem precedentes,


O fato de que muitos dos refugiados fogem de guerras que foram iniciadas por nós é completamente esquecido. Mas atribuir toda a responsabilidade à onda de refugiados e ao Estado Islâmico significa uma leitura superficial da situação.

A islamofobia pode acabar na criação de um ciclo vicioso, uma espiral de ódio capaz de criar ainda mais violência.