quarta-feira, 30 de julho de 2014

Similaridades históricas


Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



Faces



















Voltaire viveu até os 84 anos, dedicando sua vida a tentar esmagar a Igreja, que aliás, em boa parte, merecia. Apesar de em criança ter sido aluno dos jesuítas, que sempre reverenciou apesar das discordâncias, ele formou entre os iluministas que negavam a existência de Deus. Pelo menos do Deus barbudo, implacável, que mandava a maior parte da Humanidade para o inferno, menos os que pagavam caríssimas indulgências. Às portas da morte, no entanto, mandou chamar um padre para confessar-se e receber a extrema unção. Seus amigos não entenderam nada e, mesmo agonizante, ele foi cobrado: que história era aquela, renegando toda uma vida de lutas?

Sem perder a malícia, ele declarou que continuava não acreditando em outra existência, mas explicou não desejar correr riscos. Se por hipótese a Igreja estivesse certa, estava garantindo o paraíso…

Com todo o respeito e guardadas as proporções, pode estar acontecendo coisa parecida com o PT. Apesar da queda nos percentuais das pesquisas eleitorais, tudo indica que Dilma Rousseff será reeleita, mas se não for, como ficarão os companheiros? Mais ou menos como Voltaire imaginou sua presença diante do Padre Eterno, se Ele existisse…

Sendo assim, o PT toma suas precauções. A primeira será evitar que Dilma ou qualquer outro de seus candidatos a outras funções venha a fazer das eleições de outubro uma guerra sem possibilidades de armistício ou rendição incondicional. O partido atacará Aécio, os tucanos e seus aliados, mas tendo presente haver um limite para tudo. Nada de violência desmedida, de acusações pessoais impossíveis de ser esquecidas, de massacres sem retorno. Guerra é guerra, munição existe para ser utilizada, ainda que sem destruir o adversário e sua família. Por isso a estratégia de campanha sugerida pelo marqueteiro João Santana é de a candidata falar mais das realizações do governo petista e dos planos e programas para o próximo mandato. Menos dos governos do PSDB e de seus erros ideológicos.

Levar a campanha para o futuro dará mais dividendos do que ficar amaldiçoando o adversário. Até porque uma postura assim obrigará o adversário a comportamento igual. Resta saber se Dilma aceitará o conselho. Ela costuma explodir sem dar sinais, não resiste a provocações. Estando em jogo o seu futuro, porém, pensará duas vezes antes de precipitar-se.

Para o PT, fica o exemplo de Voltaire: a vitória parece provável, mas se a derrota passar por perto, melhor preparar-se para ela, como garantia…



domingo, 27 de julho de 2014

O Brasil foi de suma importância para a criação de Israel


Um povo sem memória não evolui, tampouco consegue defender-se e/ou defender a história de sua pátria, o que é profundamente lamentável.


Oswaldo Aranha











Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Sem entrar no mérito da questão no que se refere à convocação do embaixador em Telavive ao país, absolutamente desproporcional e agressivamente despropositada a reação da Chancelaria israelense. Afirmar que o Brasil é um anão no campo da diplomacia, cuja presença não é levada a sério, é simplesmente um absurdo.

Não pode ser considerado sem importância o país cujo representante, Oswaldo Aranha, tornou-se o primeiro presidente da Assembléia-Geral da ONU e, nesta qualidade em 1947, tornou possível a criação do próprio Estado de Israel (que sem medo de qualquer represália, afirmo aqui que jamais deveria ser criado e assentado ali naquela região). Foi a votação do projeto que dividiu a Palestina em dois Estados um deles o de Israel.

Não pode ser considerado anão na diplomacia uma das apenas 11 nações que mantêm relações com todas as outras. Tão pouco pode ser minimizada a importância de um país que foi o único da América Latina a declarar guerra a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, ao Japão de Hiroito, apesar das escorregadas de Getúlio Vargas. Portanto ao eixo nazi-facista.

Não tivesse o Brasil importância no cenário mundial, não teria sofrido o covarde ato em que submarinos nazistas da Alemanha afundaram vinte e dois navios mercantes brasileiros indefesos, isto segundo conta uma história, mal contada ou não, fossem alemães por motivos cáusticos e estratégicos ou os Estados Unidos da América de Roosevelt a querer nos arrastar à guerra...o sofrimento e o tormento foram os mesmos num mundo tão infame. Em vários casos com requinte de crueldade: depois do torpedeamento, os submarinos vinha à tona e com metralhadoras no convés alvejavam os tripulantes que tentavam sobreviver.

A Chancelaria de Israel esqueceu que a Força Expedicionária Brasileira lutou bravamente nos campos da Itália, sob o comando do general Paton, destacando-se em vários episódios históricos como a tomada de Montecastelo, quando, na escalada, encontraram-se sob o fogo inimigo. E encontraram judeus famintos, maltrapilhos, torturados, vilipendiados e prisioneiros dos alemães...e os libertaram. Muitos oficiais brasileiros ficaram na Europa para o rescaldo de guerra, alguns por até um ano. Um tio meu participou de jornadas de libertação e com estes companheiros de várias nações, encontrou, dentre outras carnificinas, dois campos de concentração na Polônia e em Kiev, na Ucrânia. Não gosto, pessoalmente, de judeus ortodoxos e lido, mas com muito tato, com os da linha mais Easy, sobretudo no que concerne a trabalho. Acho que deveriam retratar-se. é muito fácil tornar-se antissemita de uma hora para outra, enojar-se de um judeu é simples e muito fácil, é uma linha tênue. Não são e nunca foram criaturas de fácil trato ou relacionamento e a distância é e sempre será uma excelente solução.

Israel, ao invés de escolher o Brasil como alvo político, deveria, isso sim, responder ao conteúdo das restrições que vêm sendo feitas pelo exagero das reações a que tem direito pelos ataques que sofre. Não quis discutir essa desproporcionalidade, concretamente. Achou normal e em resposta citou os 7 a 1 como exemplo de fato desproporcional. Neste ponto praticou um erro diplomático muito grande tanto sob o aspecto político quanto sob o prisma cultural. Além de esquecerem-se de que os nobres alemães que nos submeteram à esta humilhação desportiva no campo de jogo são netos ou bisnetos dos mesmos alemães que há pouco mais de 70 anos,  mataram 6 milhões de judeus de maneira sistemática e industrial.



sábado, 26 de julho de 2014

Uma breve história do que motivou a Copa 2014 no Brasil



O Filho Pródigo, ignorante e trapaceiro 
 
    Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro






O filho do capeta na versão trabalhista
No Evangelho de São Lucas, Jesus narra uma história que se tornou, provavelmente, a mais conhecida dentre todas as suas parábolas. Ela descreve a experiência de um filho que pede ao pai rico a antecipação de sua herança. Com a grana na mão, ele viaja para um país distante, cai na vida, afunda nos vícios, gasta tudo que tem e experimenta o sabor da mais irrecorrível miséria (vem daí o adjetivo pródigo, ou seja, esbanjador, gastador, associado a esse personagem). Gradualmente, porém, ele se arrepende, decide retificar sua conduta e retorna à casa do pai, a quem pede e de quem recebe efusivo perdão.

Tem muita razão o jornalista Eugênio Bucci, em artigo publicado no Estadão no dia 12 deste mês e que li com certo assombro. Segundo ele, embora a presidente Dilma e os governistas acusem a oposição de explorar politicamente o evento da FIFA, foram os governos petistas que confundiram futebol com política e eleição desde que se dispuseram a oferecer o país para a realização da Copa de 2014.

É bom recordar. Logo no início, Lula faturou os abraços e as lacrimosas efusões de alegria perante a – assim proclamada – conquista. Depois, explorou as escolhas das sedes da Copa, aumentando em cinquenta por cento, sem necessidade alguma, os teatros em que ela se desenrolaria. Bastavam oito sedes, mas Lula quis 12 para faturar em mais quatro Estados os dividendos eleitorais que disso adviriam. Depois, junto com Dilma, aproveitou politicamente, anúncio por anúncio, as “obras da Copa” voltadas para mobilidade urbana, aeroportos e infraestrutura, quis produzir um lindo pavão, mas acabou criando mesmo um enorme morcego.

Custou a cair a ficha. Passaram-se seis anos inteiros, ao longo dos quais o governo petista reinou com a convicção de que poderia fazer o que bem entendesse no país. O PT se tornou o novo Príncipe de Machiavel, com a vantagem de estar com os cofres cheios de dinheiro para usos e abusos. O partido do governo se fundiu e confundiu com o Estado, com o governo, com a administração pública federal e com as empresas estatais. Como é fácil, na política, a vida dos endinheirados inescrupulosos!

Foi em junho do ano passado, quando entramos na contagem regressiva para os jogos da Copa, que a ficha começou a cair e a nação passou a compreender o quanto haviam sido absurdos e abusivos os custos, os gastos, as exigências e as concessões feitas pelo governo petista. O escandaloso contraste entre o “padrão FIFA” e a realidade social do país, a tenebrosa situação do sistema de saúde e a péssima qualidade do ensino público, levou o povo às ruas nos protestos de junho de 2013. E produziu a impressionante reação popular ante a presença da presidente Dilma no jogo inaugural da Copa.

No entanto, vale o alerta: no poder, o governo petista conta com o dinheiro de todos nós e nada – absolutamente nada! – sugere que vá arrepender-se, ou mudar de conduta. Para o PT, cair em si significa fazer mais do mesmo. E vem aí a outra “conquista” desse filho pródigo da ingenuidade nacional – os Jogos Olímpicos de 2016. O PT é um filho pródigo incorrigível, que precisa ser mantido a quilômetros de distância dos recursos públicos.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

Desfaçatez: Ativismo e ideologia estão longe de ser isso

Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro


Ativismo politico-social não é isso




















Já imaginaram o Fernandinho Beira-Mar batendo na porta do Consulado do Uruguai para pedir asilo, dizendo-se perseguido político? Pois é. Tão hilariante quanto a hipótese de o bandido valer-se das estruturas do Direito Internacional foi o episódio do pedido de asilo por parte da advogada Eloísa Samy, declaradamente instigadora de assaltos, depredações e violência contra a ordem vigente.

Felizmente as autoridades consulares uruguaias negaram o asilo e puseram a agitadora para correr.  Mesmo  assim, outros arruaceiros estão tentando o mesmo absurdo como forma de chamar a  atenção dos incautos  e de escapar da polícia. O  agravante, no  caso da advogada, é que ela parece ter feito um péssimo curso de Direito,  para confundir assim as prerrogativas de perseguidos políticos com o absurdo  jurídico. Não se trata de criminalização sofrida por uma advogada, mas de distorção das funções de defensora dos oprimidos,  transformada em praticante de crimes capitulados no Código Penal.

Não tem limites a desfaçatez dessa quadrilha especializada em depredar patrimônio  publico e privado em nome da melhoria dos serviços que o estado deveria prestar. Acrescente-se a coincidência de que não raro invadem lojas e  super-mercados levando aparelhos eletrônicos e o mais que possam carregar. Poderiam  os “sem-televisão” ser incluídos na categoria dos perseguidos políticos?

Pelo jeito a polícia resolveu  agir, identificando e enquadrando os manifestantes mais violentos dos movimentos de protesto. Tomara que o  exemplo frutifique, porque enjaular  baderneiros e bandidos é obrigação do poder público. Já orientá-los para fugir como perseguidos políticos, jamais função de advogados.

Estranha é a opção adotada pelo Lula, de não acompanhar Dilma Rousseff em sua futura peregrinação eleitoral pelo país. Fica evidente que a liderança do ex-presidente o credencia para pedir votos para a sucessora, isoladamente ou ao lado dela. Só que a experiência revela a necessidade de se dirigirem em conjunto ao eleitorado.  Foi assim que a presidente elegeu-se com facilidade, em 2010. Tem gente achando que a divisão de tarefas é sinal de alguma desavença  entre eles. Na reunião de ontem  do comando de campanha de Dilma, no Alvorada, o tema foi examinado, mas sem conclusões.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Fenômenos


Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




O amor tem vida útil breve, presidente Dilma















Estamos diante de um fenômeno político/econômico/social muito interessante e intrigante. Embora a economia esteja mal, sob ameaça de estagflação (estagnação em cenário de inflação), com previsão de PIB negativo este ano, a Bolsa de Valores tem subido nos últimos dois meses. E com uma peculiaridade marcante: sempre que as pesquisas eleitorais indicam queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff, o índice Ibovespa dispara.

Este fenômeno só tem uma explicação: o chamado mercado rejeita Dilma Rousseff, quer tirá-la do poder e faz questão de demonstrar essa intenção. É um perigo. A flagrante rejeição do mercado é muito pior do que a rejeição dos eleitores, que também está aumentado nas últimas pesquisas, fazendo acender o sinal vermelho na campanha do PT, que virou uma espécie de Babel, com uma nítida divisão entre os lulistas, que são ampla maioria, e os dilmistas, que se contam nos dedos.

Na verdade, Lula jamais transferiu inteiramente o poder a Dilma, e o PT apenas aceitou-a, pois a decisão de lançá-la candidata a presidente partiu única e exclusivamente de Lula. Mas em 2010, tudo eram flores, a economia brasileira crescia em índices asiáticos, o mercado estava satisfeitíssimo com Lula. E como todos sabem, quem manda nesse país é o mercado, agora também conhecido pelo codinome de “elite branca”.

Mas Dilma é o oposto de Lula. Não tem carisma, não sabe transmitir otimismo e empolgar a elite branca e as massas. Vive a fazer caras e bocas, parece entediada e não respeita a dignidade do cargo, que inclui regras de comportamento. Imagine-se se algum dia a chanceler alemã Angela Merkel se deixará ser fotografada em idênticas condições… Claro que não. Ela sabe se comportar, nada de caras e bocas.

Agora Dilma está nas mãos de Lula. Em 2010 ele lutou como um leão, percorrendo o país inteiro para pedir votos e conseguiu elegê-la contra um candidato forte como José Serra, que saiu na frente na campanha e depois foi caindo nas pesquisas, exatamente como está acontecendo agora com Dilma.

A grande dúvida é saber se Lula vai mergulhar nessa campanha com a mesma disposição. Pessoalmente, acredito que não, até por que ele já deixou claro que não pretende acompanhá-la nas viagens aos Estados. Dilma irá para um lado e Lula irá para outro. Ele preferiria viajar consigo mesmo, mas infelizmente desta vez não vai dar.



terça-feira, 22 de julho de 2014

O genocídio progressivo de Israel no gueto de Gaza


Jovens em Israel se recusam a servir o exército



Protesto contra a guerra em Telaviv
















Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro



As autoridades médicas da Faixa de Gaza informaram que nove palestinos da mesma família, sendo sete crianças, morreram ontem (21) após um ataque aéreo da aviação israelense. Segundo o porta-voz do Serviço de Emergência, Ashraf  Al Qudra, as vítimas foram mortas quando aviões atacaram a casa onde estavam.

Na atual onda, também aparecem típicas características de etapas anteriores deste genocídio progressivo. Pode-se ver cada vez mais o apoio generalizado judeu israelense aos massacres de civis em Gaza sem que haja uma só voz dissidente significativa. Em Telavive, as poucas pessoas que se atreveram a manifestar contra o massacre foram golpeadas por fanáticos judeus enquanto a polícia se mantinha à margem e observava. Mas existe sim uma dissidência e bastante curiosa, vejam só;

Em uma carta endereçada ao primeiro ministro Binyamin Netanyahu e ao público israelense, 60 jovens de ambos os sexos, de 16 a 19 anos, afirmam que pretendem se recusar a prestar serviço militar pois se opõem à ocupação dos territórios palestinos.

Esta é a primeira grande onda de recusa ao serviço militar desde 2001, quando centenas de soldados da reserva se negaram a participar das ações militares de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, durante a segunda Intifada (levante palestino).

A iniciativa é denominada Recusa 2014 (Seruv 2014). “Nos territórios ocupados são cometidos diariamente atos definidos pela lei internacional como crimes de guerra”, declaram os jovens, “inclusive execuções extrajudiciais, construção de assentamentos em terras ocupadas, prisões sem julgamento, tortura, punição coletiva e distribuição desigual de recursos como eletricidade e água”.

A declaração dos jovens gera uma intensa polêmica na sociedade israelense, onde o serviço militar é obrigatório tanto para homens como para mulheres, depois de completarem 18 anos.
Muitas vezes a polêmica adquire caráter violento e vários jovens entrevistados  pelo site Terra disseram que as reações que estão enfrentando “dão mêdo”.

“Desde a publicação da nossa carta começamos a receber todos os tipos de insultos e até ameaças de morte por intermédio das redes sociais”, disse Itai Aknin, de 19 anos. Segundo ele, os integrantes do grupo “estão decididos” a não prestar serviço militar, apesar das pressões que estão sofrendo.

Como porta-voz do grupo, Aknin é um dos jovens que mais se expõem. Já foi entrevistado no canal 2 da TV israelense e na radio Galei Israel. Em ambos os programas, ficou bem evidente o antagonismo e quase ódio de outros participantes contra a iniciativa. Um apresentador da rádio chamou o porta-voz de “moleque” durante a entrevista ao vivo. Na televisão, um dos participantes afirmou que a TV “nem deveria dar espaço para essa iniciativa desprezível”.


ABUSOS


Não queremos participar dos abusos que o Exército comete contra os palestinos, queremos acabar com a ocupação”, disse Aknin. Ele acredita que a iniciativa pode influenciar outros jovens israelenses que estão prestes a se alistar no Exército.

Ao lerem a nossa carta, tenho certeza de que muitos jovens pensarão duas vezes antes de prestar serviço militar”, disse.

A guerra em Gaza, em 2008, foi o momento em que percebi que algo de muito errado estava acontecendo aqui”, contou, “naquela época, eu tinha 14 anos e me lembro que fiquei muito chocado quando descobri que o meu país estava bombardeando civis e matando inclusive crianças”.

Arrastei minha mãe para uma manifestação contra a guerra, em Tel Aviv”, disse Acknin. Aos 17 anos, ele começou a participar de manifestações conjuntas, de ativistas palestinos e israelenses, contra a construção do Muro na Cisjordânia.

Comecei a ir às manifestações em Bilin (aldeia palestina na Cisjordânia) e quando vi o que acontece lá ficou claro para mim que não posso, de maneira nenhuma, fazer parte do Exército”.

*Desde 2012, judeus religiosos ortodoxos também são obrigados a servir ao Exército de Israel e enfrentar os palestinos. É claro que isso não vai dar certo.