quarta-feira, 22 de julho de 2015

Lei Antiterrorismo no Brasil: Coisa de Americanófilos Indigentes Mentais.

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro



Simples assim




















Com a discussão no Senado da criação de uma lei “antiterrorista”, tem gente que anda dizendo por aí que o Brasil precisa “acordar” para o “terror”. O que não devemos é despertá-lo, cutucando a onça com vara curta, quando o felino não nos diz respeito e nunca nos ameaçou.

Na verdade, o que está por trás do "discurso do antiterrorismo”, com a desculpa da aproximação das Olimpíadas de 2016, é a mal disfarçada péssima intenção de acelerar o alinhamento ideológico do Brasil com Washington e com países que atuam como auxiliares dos EUA em sua veleidade de agir como xerife do mundo, e que, como eles, invadem e bombardeiam outros países, e pagam caro por suas políticas de intervenção. Uma desculpa desorientada, imbecil e com futuros resultados canhestros. O Rio de Janeiro, sede das próximas Olimpíadas, é a capital do crime no país, com milícias, facções criminosas, policia corrupta, instituições doentes e um povo enlouquecido há anos. Isto tem tudo para dar muito errado!

O Brasil, além de não seguir essa linha, nem mesmo durante o regime militar, tem, graças aos constituintes de 1988, o princípio de não intervenção em assuntos internos de outros países – cujo alcance e lucidez não é compreendido por quem quer se meter na vida alheia e dar lições aos outros, no campo dos direitos humanos, quando temos 50 mil assassinatos por ano e 40% da população carcerária detida em condições animalescas, sem ter sido ainda julgada – consubstanciado na sua Constituição.

Quem brada por uma lei antiterrorismo no Brasil – entre eles sionistas e norte-americanófilos infiltrados em nossas redações – tem que entender que a sua criação e implementação não será outra coisa mais do que o primeiro passo para que os principais grupos terroristas do mundo – incluindo os árabes e muçulmanos, com quem não temos problemas até agora – passem imediatamente a nos ver como inimigos potenciais, atrelados ao discurso anti-islâmico “ocidental”, quando, até este momento, para eles somos indiferentes, e para que atentados como os que afetam países que abjetamente seguem a política norte-americana – como a Espanha – passem a acontecer por aqui.

Isso, para não dizer que, além de absolutamente inapropriadas e contraproducentes, estratégica e diplomaticamente, leis antiterroristas são absolutamente inócuas, inúteis, do ponto de vista prático, a não ser para justificar mais abuso de poder e arbitrariedade contra os cidadãos, já que os países que as possuem são feitos de gato e sapato pelos grupos “terroristas” que os atacam, como ocorreu nos EUA, no controvertido atentado do dia 11 de setembro de 2001, e como ocorre freqüentemente nos países vassalos que lhe prestam auxílio militar, em países como o Iraque ou o Afeganistão.


Não existe lei antiterrorista que segure alguém que esteja disposto a explodir a si mesmo em defesa de uma causa ou de uma religião. A melhor lei antiterrorista que existe é prudencia nas ações, nos discursos e no trato em relação à culturas, etnias e religiões. O resto é comércio de armas e péssimas intenções políticas sionistas de americanófilos indigentes mentais.


sábado, 11 de julho de 2015

"Anarquia Econômica e Comunismo Patético"

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Não Pasto Infértil das Mulas



















Presentear o papa Francisco com um crucifixo adaptado para a foice e o martelo do comunismo foi uma atitude patética e altamente reveladora de quem é o presidente boliviano Evo Morales. Com isso, o governante mostrou seu invulgar despreparo político, porque o marxismo ortodoxo é hoje um regime completamente superado pelos fatos, até porque, em sua essência, jamais vigorou em nenhum país do mundo. Mas o papa não passou recibo e fez até um duro discurso contra o capitalismo que ainda é praticado nos países subdesenvolvidos.

Todas as experiências até agora foram de implantação de um marxismo desvirtuado e sem liberdades civis, com censura à imprensa, prisão, tortura e assassinato em massa de opositores, situações que levariam à loucura pensadores libertários como Karl Marx e Friedrich Engels.

Aliás, entre os dois teóricos alemães, tenho preferência especial por Engels, que era um homem rico, sustentava o companheiro e jamais perdia de vista os pecados do capitalismo, dos quais ele próprio acabava se beneficiando, vejam que personalidade fascinante.

Sem jamais ter sido verdadeiramente adotado nos moldes preconizados por Marx e Engels, o comunismo pelo menos serviu para pressionar o aprimoramento do capitalismo, através da criação dos direitos civis e trabalhistas, dando enfim margem ao surgimento do socialismo democrático, amplamente consagrados nos países nórdicos, que se tornaram exemplo de desenvolvimento socioeconômico, com melhor qualidade de vida e justiça social.

Diante da evolução do capitalismo e do advento do socialismo democrático, foi se formando um consenso de que hoje o mais importante é o Estado garantir o básico à população, oferecendo saúde, educação, moradia e segurança em condições dignas, pois a própria sociedade se encarrega do resto, conforme ficou demonstrado no dia a dia dos escandinavos.

O que não é tolerável é que no século XXI ainda tenhamos a manutenção de certos arremedos de capitalismo, como ocorre no Brasil, onde a riqueza total insiste em tentar conviver com a miséria absoluta, como se esta possibilidade pudesse ser viável.

O resultado foi a formação de uma sociedade estranha, em que hipoteticamente somente os pobres se mantêm em suposta liberdade, porque a classe média e os ricos são obrigados a viver literalmente atrás das grades e não podem confiar nem mesmo nos seguranças contratados pelos condomínios de luxo.

O que dizer de um país em que um adolescente de favela, que sonha em comprar uma moto para fazer entregas de pizzas, terá de anualmente pagar IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), enquanto os milionários estão isentos de taxação sobre seus iates, helicópteros e aviões?

O que dizer de um ensino público com os alunos sendo automaticamente aprovados, ano após ano, mesmo se continuarem analfabetos?

O que dizer de uma nação que divide seus cidadãos entre portadores de planos de saúde e usuários de uma rede pública que não os atende? E o que dizer se, além disso, ainda há uma subdivisão, porque nem todos os planos de saúde funcionam bem e há muitos que não servem para nada?

Por fim, o que dizer de uma sociedade em que o cidadão de bem é proibido de ter uma arma, mas o sistema policial só consegue elucidar 8% dos crimes de morte e apenas 3% dos homicidas são efetivamente condenados?

Esta é a realidade do capitalismo à brasileira, regido por um partido que diz ser dos trabalhadores.