Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro
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Petista Involuem, Involuem, Involuem.... |
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“A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam.”
(Nicolau Maquiavel)
É inegável que o governo da presidente
Dilma Rousseff encontra-se em minoria. Porém, a diferença existente pode não se tornar capaz de assegurar seu afastamento do Planalto. E como vão se comportar as correntes contra e a favor do governo nas praças e ruas brasileiras. Podem suceder confrontos intensos e, por isso, as forças de segurança pública terão que estar preparadas para impedir os choques, observando também limites para sua própria atuação.
O objetivo essencial e impedir acontecimentos que coloquem em risco a segurança das pessoas e dos estabelecimentos comerciais e meios de transporte, como sempre alvo de exacerbações. Este é um lado da questão.
Muito mais do que as chamadas pedaladas fiscais, o abalo principal que atingiu o atual governo decorreu da gigantesca corrupção praticada na Petrobras por um triângulo de ladrões, envolvendo empreiteiras , políticos e administradores públicos. A presidente
Dilma Rousseff não percebeu que as pessoas mais próximas a ela e a seu governo eram seus principais inimigos. Este o maior fator para seu desgaste.
Michel Temer não tocou neste tema, alias como chamou atenção
Elio Gaspari no seu artigo de quarta-feira, publicado simultaneamente no
Globo e na
Folha de São Paulo. A omissão do vice refletiu mal junto a todos aqueles que não apoiam Dilma, mas que apoiam intensamente os resultados da operação Lava-Jato. Diante deste quadro vamos esperar o desfecho deste domingo e seu reflexo no amanhecer de segunda-feira.
Satisfação parasitária
É uma ironia do destino. Embora esteja responde a processos no
Supremo Tribunal Federal, envolvido em múltiplos crimes de corrupção e prestes a se transformar em parlamentar de ficha suja, excluído da político e condenado à prisão, quem assinará o chamado “decreto de acusação” da presidente Dilma Rousseff chama-se
Eduardo Cunha, justamente o maior inimigo dela. Este ato do ainda presidente da Câmara provocará o imediato afastamento de Dilma por até 180 dias, enquanto durar o julgamento no Senado.
Com satisfação inaudita e incomensurável, Cunha vai cumprir essa obrigação funcional de decretar a acusação da chefe do Executivo, logo após a votação na Câmara dos Deputados. E o primeiro-secretário da Mesa da Câmara, deputado
Beto Mansur (PRB-SP), imediatamente se encaminhará ao Palácio Alvorada, residência oficial da presidente da República, para lhe entregar a “intimação” (a expressão constante na Lei 1079 é esta).
Espera-se que, ao assinar a intimação, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se contenha e não fique babando de alegria em cima do importantíssimo documento.
Guerra Civil por um Espirro
É impressionante, decepcionante e alarmante a irresponsabilidade dos petistas num momento político altamente delicado. Estão insuflando o “exército” do
Stédile. A ida da presidente Dilma ao “acampamento da tropa”, na manhã do impeachment, vai acirrar os ânimos e podem ocorrer graves confrontos. Todo cuidado é pouco. Realmente, esta senhora não tem equilíbrio psicológico para conduzir a nação.
Nestes tempos em que a resistência petista teima maníaca e raivosamente em brigar com os fatos, se torna oportuno lembrar que é pela linguagem utilizada que transparece o bloqueio mental em admitir que seu projeto de poder simplesmente deu errado. Cito aqui, inspirado no conceito de novilíngua de
George Orwell, apenas dez casos dos mais recorrentes e escabrosos e que justificam para mais de 70% da opinião pública o sentimento de que foi enganada.
Golpe parlamentar: expressão alardeada pelos petistas para se colocar no papel de vítima com a maior desfaçatez, quando o próprio PT pediu impeachment setenta vezes contra Sarney, Collor, Itamar e FHC;
República de Curitiba: chacota metonímica quando sabem que se trata do simples dever de atuação das instituições do MPF, da Justiça e da Polícia Federal, funcionando perfeitamente bem em Curitiba, ao contrário da República do Royal Tulip, que tem como puxadinho o Palácio da Alvorada, transformado em bunker partidário para a defesa do governo e compra de deputados;
Nova matriz econômica: retrocesso na política econômica bem sucedida de FHC, seguida no primeiro governo Lula, com revogação do tripé macroeconômico de austeridade fiscal, câmbio flutuante e controle da inflação por metas, o que resultou em intervencionismo estatal, crise de confiança, perda do grau de investimento, descontrole das contas públicas, aumento da recessão, do desemprego e da corrupção. Além da política anti-inflação equivocada que, ao invés de conter os gastos do Estado, adotou prática demagógica de controle de preços de combustíveis e energia, arruinando a Petrobras e a Eletrobras;
Bolsa Família: desvirtuamento de um programa original de combate à miséria no maior programa de compra de votos já feito no país;
Bolsa Empresário: o custo da renúncia fiscal repassada às empresas campeãs pelo
BNDES soma dez vezes o montante de todo o programa do Bolsa Família;
Justiça social: ativismo judiciário de operadores esquerdistas da Justiça forçando decisões compensatórias aos chamados menos favorecidos, o que gera insegurança jurídica e tutela da cidadania;
Política de gênero: doutrinação esquerdista no ensino público para destruir valores morais da família, da vida e da liberdade inerentes à tradição humanista ocidental;
Legalidade: valor usado repetidamente e em sentido meramente formal, com a intenção não declarada de suprimir a exigência dos demais princípios complementares da moralidade e da probidade da administração púbica;
Liberdade: definida como valor clássico diante da lei, a liberdade é deturpada pelo voluntarismo histórico esquerdista, degenerando sua referência de liberdade de alteridade para de identidade, do tipo “meus direitos primeiro”;
Cidadania: definida classicamente como direitos e deveres cívicos e políticos, em face de um Estado sob o império da lei, pela falácia esquerdista passa a ser cidadania de direitos sociais ilimitados e providos por um Estado Leviatã.
Mínimas
Demorou um pouco, mas enfim começa a acontecer. Na Universidade de Coimbra, os estudantes estão exigindo que seja cassado o título de “
Doutor Honoris Causa”, conferido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como argumento, eles dizem que “no Brasil, quando um pobre rouba, vai para a cadeia, mas quando um rico rouba, vira doutor”.
Eles exibem um cartaz inspirado no filme feito no Brasil sobre Lula e mudam o título para “Lula, burro que rouba vira doutor”.
Na parte inferior do cartaz, os universitários dizem que a situação é intolerável e exigem que a instituição retire o título concedido a Lula da Silva. O movimento é liderado pela Juventude Social-Democrata (JSD), que já publicou uma carta aberta ao reitor João Gabriel Silva, mas ele ainda reluta em rever a honraria concedida em 2011 ao ex-presidente brasileiro.
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