Por Osvaldir Silva - do Rio de Janeiro
Democracia sem oposição, é preocupante.
A prova está no que se observa nestes últimos 10 anos.
Me parece querer vir à tona o ditado do engana-se a poucos por muito tempo, a muitos por muito tempo, mas, não a todos por todo tempo.
A dependência de mudança se fará com atitudes dos eleitores do bolsa votos, e daqueles grudados nas tetas do governo.
Jogo difícil de mudança, pela ausência de uma oposição, tornando-se um jogo perigoso.
O partido do governo, criado para um propósito, descambou para um discurso em que a autossuficiência chega as raias da arrogância, e não sou quem diz, basta ver relatos de fundadores do partido, muito dos quais desfiliaram-se.
É inacreditável a incapacidade do criador e por consequência da criatura, de entenderem o que leva as críticas pelo desempenho medíocre do país.
O criador parece ter dito uma única verdade, quando deixou o governo, afirmou que não fez nada, o país andou com suas próprias pernas.
Afinal, pegou um país estável, passando a maior parte do tempo viajando, rindo o tempo inteiro, às custas dos que batalharam para deixar a infração naqueles níveis, e claro, sem nenhuma das reformas de campanha concretizadas, torceu para a sucessora dar certo, e mesmo que desse em nada, voltar a ser o cara.
O impeachment do Collor, é nada em relação ao Mensalão, e até mesmo o episódio da Brasil Telecom, em que para salvar o filho, o então Presidente, aquele que se vangloria; “no meu governo todos ganhavam”, sim, com 86% de inflação ao mês, quem tinha dinheiro dormia rico e acordava milionário no overnigth, mas, o povo, oh!
Davos é o tema da vez, e o assessor da Presidente, e ela, escorregam mais ainda na manteiga. Sem se dar conta como funciona o mercado, projetam um discurso ridículo, com os mesmos vícios de sempre.
Depois culpam a mídia, e ficam fulos, quando o que falta, é autocrítica, posto que a credibilidade se daria em admitir os enganos anteriores, mas, preferem manter a linha de sempre: “estamos fazendo o certo e tratem de investir conosco, pelo fato de cumprirmos contratos, etc..., etc..."
E aqui cabem perguntas: qual a razão de se investir em países que nos dão calote? Será que acham que somos um país rico? Ou que todos somos imbecis?
Ora, o BNDES, Presidente, vive dos nossos impostos, será por isto que vocês do PT colocam o país no topo dos maiores cobradores de impostos no mundo?
Qual a razão de não terem investido massivamente em nossos portos?
Às vésperas de uma copa do mundo, que é de os nossos, e os aeroportos, só estádios?
Depois, se queixam das passeatas!
Presidente não há como enganar a todos por todo o tempo. Enganam e enganam-se estes pobres miseráveis com o voto cabresto, e os cabides dos guardas roupas estatais e ministérios, aliás, com dívida estratosférica, para que tantos?
Cá pra nós! Foi um tiro no pé, seu pronunciamento.
Está aberta a caça as bruxas e o primeiro tiro foi seu, não somente pelo discurso, mas, pelo que sucedeu, eleven e mariel, passou a ser familiares a todos os brasileiros.
Seria minha implicância com esta política, cujo processo não vêem ser um fracasso? Ou, a mídia, que tanto querem calar, está errada quando em uma semana recolho o seguinte:
Alta no preço da casa própria no Brasil é 2ª maior entre 23 países
alta no país só perde para os EUA.
Cesta básica subiu mais de 10% em 2013 em 9 capitais.
Houve alta nos 18 locais pesquisados. Maior variação, de 16,7%, foi em Salvador.
Juro do cheque especial é o maior desdes agosto de 2012.
Comércio tem o menor crescimento em dez anos.
Dado reflete escalada de juros no mercado doméstico
Dilma perdoou Bilhões de Dólares de dívidas de ditaduras cubana e africanas, para BNDES financiar obras superfaturadas.
Com R$1,13 tri. arrecadação federal bate recorde em 2013.
Superávit primário não atinge meta, e é o menor nos últimos 12 anos.
Taxa mundial de analfabetismo cai 1% em 11 anos, mostra relatório.No ranking dos dez países com o maior número de adultos analfabetos, Brasil ocupa a 8ª posição.
Se Davos serviu para entender que nada vai mudar, fica nas mãos dos eleitores bolsistas e cabideiros, se darem conta do erro, a tempo de mudar com a Presidente.
A crise lá fora parece já estar em outro patamar, e o céu de brigadeiro, por aqui, parece ficar cada vez mais cinza.