quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Politica Brasileira: Festa Estranha e com Gente Esquisita

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro 




Até o impeachment, Cunha e Dilma eram bons parceiros

















No filme sueco “Força Maior” (de Ruben Östlund – 2014) um pai prepara-se para tomar café da manhã com mulher e filhos na varanda de um hotel nos Alpes quando ocorre uma avalanche. Todos observam maravilhados a movimentação do gelo, bastante comum ali.

Só que essa avalanche vem mais forte e descontrolada e se aproxima rapidamente da área onde essas pessoas estão. Instintivamente, o pai da família levanta, passa a mão no seu celular e sai correndo dali, deixando mulher e filhos para trás.

A avalanche invade a varanda e cobre todos de gelo. Mas ninguém morre, e esse é o problema. A família em questão terá de voltar a conviver junta, com todos sabendo exatamente o que aconteceu.

Há um paralelo dessa covardia cretina do personagem do filme com os atores envolvidos na avalanche de desgraças econômicas que vão cair sobre nós em um período muito curto.



O ÚLTIMO ANO PROSPERO

É bom lembrar que 2014 foi ainda um ano excepcional em termos de distribuição e aumento da renda no país. O último ano de sol, que amenizou, até aqui, a tempestade de gelo que vai nos envolvendo.

No comando do país, não existe um único personagem com espinha dorsal para não ter se envolvido no jogo político mais mesquinho.

Até há pouco, antes do dia do encaminhamento do impeachment, Dilma e Eduardo Cunha eram parceiros. A presidente segurava as pontas de um mentiroso com contas de dinheiro desviado na Suíça enquanto Cunha a mantinha longe de um processo que pode afastá-la do poder.

Já a alternativa à destruição mútua e talvez merecida entre Cunha e Dilma se apresenta mesquinha, pequena, digna do seu entorno político no Congresso. A carta rancorosa de Temer a Dilma é um primor psicanalítico em se tratando de um homem de 75 anos tido com um dos políticos mais “experimentados” do país.

A oposição não escapa ao quadro, tendo minado até outro dia as poucas medidas que poderiam fazer superar a crise que nos envolve

Mas pela primeira vez parece que a sociedade está realmente vidrada no desenrolar desses acontecimentos. As fortes variações nas pesquisas de popularidade do Datafolha em relação à percepção de governo e Congresso, além da economia, são prova de informação.

Cenas de “mma” no Congresso, roubos, prisões e trechos de cartas chorosas também não passam despercebidas. Tudo embalado em um sofrimento diário e crescente para fechar as contas do mês.

Essa avalanche também vai passar. Mesmo cobertos de gelo, saberemos exatamente o que aconteceu.





domingo, 6 de setembro de 2015

As consequências do Grande Êxodo: União Europeia sitiada.

Por Antonio Siqueira do Rio de Janeiro


O perigo constante e o profundo
e escuro túmulo das águas do Mediterrâneo


















A Europa de hoje, nunca antes sitiada por tantos estrangeiros, desde pelo menos os tempos da queda de Roma e das invasões bárbaras, não está colhendo mais do que plantou, ao apoiar a desastrada política norte-americana de intervenção, no Oriente Médio e no Norte da África.

Não tivesse ajudado a invadir, destruir, vilipendiar, países como o Iraque, a Líbia, e a Síria; não tivesse equipado, com armas e veículos, por meio de suas agências de espionagem, os terroristas que deram origem ao Estado Islâmico, para que estes combatessem Kadafi e Bashar Al Assad, não tivesse ajudado a criar o gigantesco engodo da Primavera Árabe, prometendo paz, liberdade e prosperidade, a quem depois só se deu fome, destruição e guerra, estupros, doenças e morte, nas areias do deserto, entre as pedras das montanhas, no profundo e escuro túmulo das águas do Mediterrâneo, a Europa não estaria, agora, às voltas com a maior crise humanitária deste século, só comparável, na história recente, aos grandes deslocamentos humanos que ocorreram no fim da Segunda Guerra Mundial.

Os Estados Unidos, os maiores responsáveis pela situação, sequer cogitam receber - e nisso deveriam estar sendo cobrados pelos europeus - parte das centenas de milhares de refugiados que criaram, com sua desastrada e estúpida doutrina de "guerra ao terror", de substituir, paradoxalmente, governos estáveis por terroristas, inaugurada pelo "pequeno" Bush, depois do controvertido atentado às Torres Gêmeas.

É cedo para dizer quais serão as consequências do Grande Êxodo. Pessoalmente, vemos toda miscigenação como bem-vinda, uma injeção de sangue novo em um continente conservador, demograficamente moribundo, e envelhecido.

Mas é difícil acreditar que uma nova Europa homogênea, solidária, universal e próspera, emergirá no futuro de tudo isso, quando os novos imigrantes chegam em momento de grande ascensão da extrema-direita e do fascismo, e neonazistas cercam e incendeiam, latindo urros hitleristas, abrigos com mulheres e crianças.

Se, no lugar de seguir os EUA, em sua política imperial em países agora devastados, como a Líbia e a Síria, ou sob disfarçadas ditaduras, como o Egito, a Europa tivesse aplicado o que gastou em armas no Norte da África e em lugares como o Afeganistão, investindo em fábricas nesses mesmos países ou em linhas de crédito que pudessem gerar empregos para os africanos antes que eles precisassem se lançar, desesperadamente, à travessia do Mediterrâneo, apostando na paz e não na guerra, o velho continente não estaria enfrentando os problemas que encara agora, o mar que o banha ao sul não estaria coalhado de cadáveres, e não existiria o Estado Islâmico.

Que isso sirva de lição a uma União Europeia que insiste, por meio da OTAN e nos foros multilaterais, em continuar sendo tropa auxiliar dos EUA na guerra e na diplomacia, para que os mesmos erros que se cometeram ao sul, não se repitam ao Leste, com o estímulo a um conflito com a Rússia pela Ucrânia, que pode provocar um novo êxodo maciço em uma segunda frente migratória, que irá multiplicar os problemas, o caos e os desafios que está enfrentando agora.

As desventuras das autoridades europeias, e o caos humanitário que se instala em suas cidades, em lugares como a Estação Keleti Pu, em Budapeste, e a entrada do Eurotúnel, na França, mostram que a História não tolera equívocos, principalmente quando estes se baseiam no preconceito e na arrogância, cobrando rapidamente a fatura daqueles que os cometeram.

Galinha que acompanha pato acaba morrendo afogada. É isso que Bruxelas, Berlim, Londres e a UE precisam aprender com relação a Washington e aos EUA.




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Vergonha na Cara!

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro

Só falta provar que Lula cortou o dedo de propósito






















João Capistrano Honório de Abreu foi um jornalista e professor brasileiro que literalmente deixou seu nome na História. Foi por conhecer realmente o Brasil e a formação de sua nacionalidade que o genial jornalista da Gazeta de Notícias passou a defender que a Constituição se resumisse a apenas dois artigos, porque, se ambos fossem obedecidos, todos os problemas do país se resolveriam automaticamente:

Artigo 1º seria: “Todo brasileiro deve ter vergonha na cara”.

Artigo 2º encerraria a chamada Carta Magna:  “Revogam-se as disposições em contrário”.

Ainda bem que Capistrano morreu em 1927. Se ainda estivesse entre nós, escrevendo freneticamente em alguma redação, o jornalista e historiador certamente não aguentaria constatar que deu tudo errado. Sua sugestão jamais foi aceita. Pelo contrário, os brasileiros aprovaram uma Constituição com 350 artigos, além de uma porrada de parágrafos, incisos, alíneas e itens, um verdadeiro festival, mas esqueceram justamente os dois importantíssimos artigos propostos por ele.

O sistema financeiro permite que a lavagem de dinheiro funcione sem ser identificada. Não é que não existam leis, mas as corretoras de câmbio simplesmente não cumprem a obrigação de verificar se as empresas que contratavam operações de importação funcionam realmente.

A fiscalização da lavagem de dinheiro cabe ao Banco Central, que tem mais de 4 mil funcionários, com média salarial acima de R$ 18 mil para profissionais de nível superior. Ganham até pouco, em relação ao Judiciário e ao Legislativo. Mas aumentar o salário deles não seria solução, porque já estão acostumados a não fazer nada como boa parte do funcionalismo público federal.


Bom ócio a todos e salve Capistrano!

sábado, 11 de julho de 2015

"Anarquia Econômica e Comunismo Patético"

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Não Pasto Infértil das Mulas



















Presentear o papa Francisco com um crucifixo adaptado para a foice e o martelo do comunismo foi uma atitude patética e altamente reveladora de quem é o presidente boliviano Evo Morales. Com isso, o governante mostrou seu invulgar despreparo político, porque o marxismo ortodoxo é hoje um regime completamente superado pelos fatos, até porque, em sua essência, jamais vigorou em nenhum país do mundo. Mas o papa não passou recibo e fez até um duro discurso contra o capitalismo que ainda é praticado nos países subdesenvolvidos.

Todas as experiências até agora foram de implantação de um marxismo desvirtuado e sem liberdades civis, com censura à imprensa, prisão, tortura e assassinato em massa de opositores, situações que levariam à loucura pensadores libertários como Karl Marx e Friedrich Engels.

Aliás, entre os dois teóricos alemães, tenho preferência especial por Engels, que era um homem rico, sustentava o companheiro e jamais perdia de vista os pecados do capitalismo, dos quais ele próprio acabava se beneficiando, vejam que personalidade fascinante.

Sem jamais ter sido verdadeiramente adotado nos moldes preconizados por Marx e Engels, o comunismo pelo menos serviu para pressionar o aprimoramento do capitalismo, através da criação dos direitos civis e trabalhistas, dando enfim margem ao surgimento do socialismo democrático, amplamente consagrados nos países nórdicos, que se tornaram exemplo de desenvolvimento socioeconômico, com melhor qualidade de vida e justiça social.

Diante da evolução do capitalismo e do advento do socialismo democrático, foi se formando um consenso de que hoje o mais importante é o Estado garantir o básico à população, oferecendo saúde, educação, moradia e segurança em condições dignas, pois a própria sociedade se encarrega do resto, conforme ficou demonstrado no dia a dia dos escandinavos.

O que não é tolerável é que no século XXI ainda tenhamos a manutenção de certos arremedos de capitalismo, como ocorre no Brasil, onde a riqueza total insiste em tentar conviver com a miséria absoluta, como se esta possibilidade pudesse ser viável.

O resultado foi a formação de uma sociedade estranha, em que hipoteticamente somente os pobres se mantêm em suposta liberdade, porque a classe média e os ricos são obrigados a viver literalmente atrás das grades e não podem confiar nem mesmo nos seguranças contratados pelos condomínios de luxo.

O que dizer de um país em que um adolescente de favela, que sonha em comprar uma moto para fazer entregas de pizzas, terá de anualmente pagar IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), enquanto os milionários estão isentos de taxação sobre seus iates, helicópteros e aviões?

O que dizer de um ensino público com os alunos sendo automaticamente aprovados, ano após ano, mesmo se continuarem analfabetos?

O que dizer de uma nação que divide seus cidadãos entre portadores de planos de saúde e usuários de uma rede pública que não os atende? E o que dizer se, além disso, ainda há uma subdivisão, porque nem todos os planos de saúde funcionam bem e há muitos que não servem para nada?

Por fim, o que dizer de uma sociedade em que o cidadão de bem é proibido de ter uma arma, mas o sistema policial só consegue elucidar 8% dos crimes de morte e apenas 3% dos homicidas são efetivamente condenados?

Esta é a realidade do capitalismo à brasileira, regido por um partido que diz ser dos trabalhadores.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A Apoteose de um Canalha

Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



As Duas Imagens Do Mal
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A imprensa está fazendo as mais absurdas especulações sobre o rompimento entre o ex-presidente Lula e sua sucessora Dilma Rousseff, como se isso fosse algo de novo. Na verdade, há mais de dois anos eles já não se falavam direito. O problema começou em 2012, quando Lula percebeu que Dilma não iria abrir mão da candidatura à reeleição. Devagar, devagarinho, a presidente parou de aceitar sugestões dele, passou a nomear ministros por conta própria e começou a tocar o governo sozinha.

Quando o movimento “Volta, Lula” cresceu dentro do PT, no ano passado, Dilma deu um golpe mortal nele, ao ameaçar divulgar os absurdos gastos do cartão corporativo de Rosemary Noronha, feitos no Brasil e nas 32 viagens internacionais em que acompanhou Lula, na ausência da primeira-dama titular Marisa Letícia.

Lula teve de se conformar em sair candidato apenas em 2018. Portanto, não foi por mera coincidência que ele participou o mínimo possível da campanha eleitoral de Dilma e fez uma aparição meteórica na festa da posse. Entrou, tirou fotos protocolares com a presidente reeleita e foi logo embora.

O segundo governo de Dilma acabou sem ter começado. Antes de assumir, ela já havia aceitado terceirizar o comando da economia, entregando-o a um representante da banca. Mas não adiantou nada, ela entrou em desespero, pediu ajuda a Lula. Rispidamente, ele respondeu que não iria a Brasília, se ela quisesse encontrá-lo, que viajasse a São Paulo. Na quinta-feira antes do Carnaval, Dilma pegou o avião e foi se reunir com ele.

Dilma ouviu poucas e boas, como se dizia antigamente. Depois de esculachá-la, Lula mandou que ela procurasse Renan Calheiros e Eduardo Cunha, se recompusesse com o PMDB, restaurasse a base aliada, demitisse Pepe Vargas das Relações Institucionais e Aloizio Mercadante da Casa Civil. Dilma voltou arrasada a Brasília e foi passar o Carnaval na Bahia.

Na semana seguinte Lula foi a Brasília, se reuniu com a cúpula do PMDB e com as lideranças do PT. Dilma até tentou seguir os conselhos dele, mas não demitiu Mercadante nem Pepe Vargas. Lula se aborreceu, a situação se complicou, Dilma teve de terceirizar também a articulação política, pedindo socorro ao vice Michel Temer, que ela desprezara durante quatro anos, trocou Pepe Vargas de ministério e não demitiu Mercadante. Lula ficou furioso, decidiu procurar um Plano B.

Como não há perspectivas de reversão da crise a médio prazo e Dilma não tem salvação, Lula resolveu cuidar da vida. Não esperava que o segundo mandato da presidente fosse um fracasso tão grande, a ponto de inviabilizar a candidatura dele em 2018. Por isso, quem entrou no desespero agora foi ele, que está saindo em busca do tempo perdido. E pela primeira vez Lula está dizendo verdades. Suas críticas ao governo Dilma e ao PT são todas procedentes. Ninguém se atreve a responder. Apesar de Lula ser um canalha apoteótico, traidor, egocentrico e perigosissimo.

Acontece que seu apregoado sonho de mudar o Brasil não existe mais. Todos já sabem que os petistas deixaram o país em segundo plano. Conforme disse Lula, cada um tratou de arranjar um jeito de se arrumar, esta é a realidade. O programa do partido não existe mais. No PT de hoje, tudo soa falso, como o próprio Lula.

A revolução que Lula prega não virá dos trabalhadores, ninguém mais acredita nisso. Ele mesmo é um líder tão falso quanto o partido, uma farsa que durou (e para alguns ainda dura) 30 anos. A única esperança dos brasileiros vem do Paraná. Se der certo o esforço da Polícia Federal, do Ministério Público e do juiz Sérgio Moro em enjaular toda esta canalhada, se der certo o esforço em calcinar toda esta Camarilha de Vampiros, realmente haverá algo de novo em que acreditar. Se eles fracassarem, continuaremos perguntando que país é esse… E Lula até terá chances de voltar a ser presidente.


sábado, 14 de março de 2015

Quem financia os meninos do golpe?

Corporação petroleira norte-americana que ataca direitos indígenas, depreda o ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobras é uma das financiadoras dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff. Manifestação do dia 15 não é apenas uma nova tentativa de 3º turno; ela esconde uma grande negociata. “Business as usual”.

“Estudantes pela Liberdade”
(EPL) são financiados por corporação petroleira
 norte-americana que ataca direitos indígenas,
depreda ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobras


























Por Antonio Carlos Costa - Do Rio de Janeiro
(Transcrito do site Pragmatismo)




David Koch se divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca ouviu falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares, eles só se tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenário político do país.

Se esses poderosos personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações para o protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta Dilma.

Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A página do movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para promover as respostas do livre mercado para os problemas do país”.


Os poderosos irmãos Koch

Entre os “colunistas” do MBL estão Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo movimento no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e diretor executivo do Instituto Ordem Livre, co-fundador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL), tendo sido o primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, e atualmente, Diretor de Relações Institucionais do Instituto Liberal (IL). Outros participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo e do EPL; Juliano Torres que se define como empreendedor intelectual, do Partido Novo, do Partido Libertários, e do EPL.

Segundo o perfil de Torres no Linkedin, sua formação acadêmica foi no Atlas Leadership Academy. Outro integrante com essa formação é Fábio Osterman, que participou também do Koch Summer Fellow no Institute for Humane Studies.

A Oscip Estudantes pela Liberdade é a filial brasileira do Students for Liberty, uma organização financiada pelos irmãos Koch para convencer o mundo estudantil da justeza de suas gananciosas propostas. O presidente do Conselho Executivo é Rafael Rota Dal Molin, que além de ser da Universidade de Santa Maria, é oficial de material bélico (2º tenente QMB) na guarnição local.

Outras das frentes dos irmãos Koch são a Atlas Economic Research Foundation, que patrocina a Leadership Academy, e o Institute for Humane Studies, às quais os integrantes do MBL estão ligados.

Entre as atividades danosas dos irmão encontra-se o roubo de 5 milhões de barris de petróleo em uma reserva indígena (que acarretou uma multa de 25 milhões de dólares do governo americano) e outra multa de 1,5 milhões de dólares pela interferência em eleições na Califórnia. O Greenpeace considera os irmãos opositores destacados da luta contra as mudanças climáticas. Os Koch foram multados em 30 milhões de dólares em 300 vazamentos de óleo.

As Koch Industries têm suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes. Com esse leque de atividades não é difícil imaginar o seu interesse no Brasil — a Petrobras é claro. Seus apaniguados não escondem esse fato.

O MBL, que surgiu em apoio à campanha de Aécio Neves, não esconde o que pretende com a manifestação: “O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país” disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um gongórico e pretensioso artigo na Folha de S.Paulo. Eles não querem ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os caras do Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás” diz Renan Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir impeachment. É como fumar maconha sem tragar”. Kataguiri não se incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB é corrupto, mas o PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos porta-vozes do MBL, foi candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pelo PSDB (com apenas 0,10% dos votos não se elegeu).

Apesar do distanciamento do PSDB a manifestação do dia 15 parece ser apenas uma nova tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma grande negociata. “Business as usual”.
OBS: O elo principal do EPL no Brasil, como diz o próprio nome, é uma ‘meninada’. A liderança do movimento no Brasil é Hélio Beltrão Filho, fundador, presidente, patrocinador do Instituto Mises Brasil e irmão da apresentadora do Estudio I da Globo News, Maria Beltrão, também um afiliado do Mises Institute dos EUA, e que fornece o material e treinamento a centenas de jovens que difundem as páginas do site nas redes sociais.




Hélio Beltrão Filho, com a irmã Graziella. Personagens constantes das colunas sociais



















Os jovens vão a campo com um discurso pronto, praticamente um script de telemarketing. O Hélio foi investment banker do Banco Garantia, que fez a fortuna do Jorge Paulo Lemann, que ele vendeu para o Credit Suisse. Ele é sócio-herdeiro do Grupo Ultra, o mesmo Grupo Ultra que apoiou financeira e logisticamente, com os caminhões da Ultra-Gas, o golpe de 64 e mais tarde a Operação Bandeirante (Oban). Na época o presidente do Grupo era Henning Boilensen, que fazia o fundraising na FIESP para o regime militar. Em troca, o governo lhe pagava adiantado aquilo que ele comprava e fornecia a prazo. Ou seja, ganhava com o giro negativo.



Veja abaixo Koch Brothers Exposed, documentário lançado em 2012 que se tornou viral nos EUA ao mostrar como os bilionários David e Charles Koch, representando o 1%, desvirtuaram a democracia americana, comprando a Câmara e o Senado.






*Antônio Carlos Costa - Teólogo calvinista e fundador do Rio de Paz (Filiado ao DPI da ONU)


sábado, 7 de março de 2015

Afagando a POBREZA e dela nutrindo-se de BILHÕES

Por Antonio Siqueira Do Rio de Janeiro




Desigualdade 
















Desde os tempos de Getúlio Vargas nada produz melhor dividendo político do que rotular-se defensor dos pobres. É um discurso que agrada pobres e ricos. Tanto isso é verdade que o PT, em seus anos de credibilidade, enquanto distante das decisões administrativas e dos recursos públicos, era o partido campeão de votos nos bairros mais aristocráticos de Porto Alegre.

Lula, no entanto, precisa dizer o contrário. Ele e seu partido, não se contentam com propagandear o zelo pelos mais necessitados. Eles precisam, também, repetir à exaustão que os ricos ficam contrariados com isso. Falam, Lula e os seus, como se rico fosse idiota e não soubesse, na experiência própria e na internacional, que nada ajuda mais a prosperidade dos ricos do que a prosperidade de todos. É mais riqueza gerada, mais PIB, mais mercado, mais consumo, maior competitividade. Pobreza é atraso e culto à pobreza deveria ser catalogado como conduta antissocial.

A sedução produzida pelo discurso em favor dos pobres se abastece das próprias palavras. Fala-se no Brasil de uma estranha ascensão social em que o número de dependentes do socorro direto do governo aumenta indefinidamente através das décadas. O bolsa-família é um campo de concentração de ingresso voluntário, onde quem entra não sai nem que a vaca tussa. E o seguro-desemprego tornou-se o amigo número um da rotatividade no emprego, desestimulando a permanência no trabalho remunerado. Enquanto isso, o sistema educacional das classes favorecidas no discurso e desfavorecidas nas ações de governo continua reproduzindo a miséria nas salas de aula que o Brasil destina às suas populações carentes.

Enquanto isso, em dez anos de governo dos que supostamente privilegiam a pobreza, o número de bilionários brasileiros pulou de seis para 63, regredindo para 54 com as marolinhas do ano passado. Nenhum crescimento semelhante ocorreu, no mundo, durante esse período. E aí, amigos, deem-se vivas não a um desenvolvimento harmônico da sociedade, mas ao BNDES e seus juros de pai para filho, subsidiados com o suor do nosso rosto.

Voto de Cabresto: Uma maldição!

De 2009 para cá, o banco passou a esguichar dinheiro grosso para a zelite das empresas nacionais. Só do Tesouro Nacional, R$ 360 bilhões foram repassados ao banco para acelerar o desenvolvimento de empresas amigas do governo, muitas das quais com credibilidade semelhante à do próprio governo. Não vou falar dos financiamentos negociados através do itinerante ex-presidente Lula em suas agendas comerciais com ditadores latino-americanos e africanos, porque essa é uma outra história.



Bilhões foram pelo ralo das análises mal feitas e dos negócios mal explicados. Há um clamor nacional pela CPI do BNDES. O governo que diz zelar pelos pobres (mas que precisa deles em sua pobreza) destinou muito mais recursos aos bilionários (porque precisa deles em sua riqueza). Afinal, ninguém tira centenas de milhões de reais do próprio bolso para custear campanhas eleitorais. Esse é o tipo de coisa que só se faz com o dinheiro alheio, vale dizer, com o nosso próprio dinheiro, devidamente levado pelo fisco e, depois, lavado pelo governo nas lavanderias dos negócios públicos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Em pouco tempo a França será islãmica

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro
O caso da França é impressionante


















Em meio ao radicalismo que cerca a questão islâmica na Europa, aumentou o interesse por um vídeo de 7 minutos intitulado “Muslim Demographics” (Demografia Muçulmana) sobre o crescimento do islamismo na Europa. Na versão dos dados do vídeo, postado no Youtube em 2009, a França, onde hoje 5% da população já são islamistas, se transformaria num país muçulmano em apenas 39 anos, ou seja, em 2048. E o mesmo ocorreria com outros países nas próximas décadas.

Em poucos anos, a Europa, como a conhecemos hoje, deixará de existir”, diz o cardeal ganense Peter Turkson, que em 2012 exibiu o vídeo no Vaticano, quando já tinha recebido no Youtube mais de 13 milhões de vezes. Há na internet uma versão em português, aparentemente postada pela Primeira Igreja Batista de São José dos Campos (SP).

Uma reportagem postada à época no blog de Paulo Lopes informava que o vídeo conclui que a França se tornará islâmica em decorrência da queda de sua taxa de natalidade (1,8 filho por mulher), em combinação com o aumento da imigração de muçulmanos, com natalidade de 8,1 filhos por mulher. Atualmente, 30% dos jovens com menos de 20 anos são islamitas. “Em 2027, 1 a cada 5 franceses será muçulmano”, diz o vídeo. “Em apenas 39 anos, a Franca será uma república islâmica.”

Como o vídeo funciona como um chamamento aos cristãos para que reajam ao avanço islâmico, houve mal-estar tanto na Igreja Católica com em lideranças muçulmanas, e o cardeal Turkson teve de pedir desculpas. “Minha intenção nunca foi a de chamar os cristãos às armas. Sinceramente, peço desculpas. Nunca quis fazer isso”, disse ele, segundo o blog de Paulo Lopes.

Os muçulmanos alegaram que os dados apresentados pelo vídeo teriam sido distorcidos, de modo a dramatizar as consequências da imigração islâmica, a Conferência Episcopal da Europa se comprometeu a levantar informações mais confiáveis.

De 2012 para cá, o problema se radicalizou ainda mais, não somente na França, que tem aprovado legislações especiais para evitar que os imigrantes islamitas vivam uma voluntária situação de apartheid em relação à população francesa, mas também na Alemanha, onde não para de haver manifestações populares contra a islamização do país.





O vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=6-3X5hIFXYU