Por Osvaldir Sodré da Silva - do Rio de Janeiro
Ser escritor é se dedicar à arte de contar histórias, por meio de palavras, contribuindo para a literatura.
Impressas, quem lê, ouve a voz, sente as sensações, e transforma-se no próprio escritor.
Ao "entrar dentro do livro", que lê, tem a sensação de um orgasmo.
Pela escrita, conhece-se o mundo que ainda está por vir, vivenciamos o nosso tempo, e os de outrora.
Assim foi, que conhecemos, por exemplo, Portugal, por Fernando Pessoa, a Bahia por Jorge Amado, os indígenas por José de Alencar, e o Rio de Janeiro por Machado de Assis.
E justo Machado, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta,
novelista, romancista, crítico e ensaísta, e natural do próprio Rio de Janeiro, querem atingir.
Com Monteiro Lobato, ao acharem que seus textos eram racistas, quiseram tomar-lhe as obras, ficando nítido que esta turma que não tem nada a fazer, não leu outros tantos autores, que dentro da liberdade de expressão, mancharam mais que Monteiro, com o negro, o sexo e a religião, as páginas brancas de seus livros. Agora para que os que não o alcançam Machado, possam ler, suas obras serão reescritas.
No meu período de estudante, tinha o prazer de pegar o trem, saltar na Central, e ir a pé, até a Biblioteca Nacional, ou ao Gabinete Português de Leitura, para fazer pesquisas, e mesmo que ali não fosse, em casa, ou na escola, havia sempre um dicionário ao meu lado para tirar dúvidas.
Se o incentivo da leitura, veio dos meus pais, continuou com os professores, um dos quais me ensinou ao consultar uma palavra no dicionário, correr os olhos nas demais, nas páginas à minha frente, assimilando não somente a que procurava.
Ora, se chegaram a conclusão que os jovens, e os que não atingem o bom vernáculo, não entendem Machado, deveriam incentivar esta juventude, e os sem alfabetização plena, para fazer bom uso de uma ferramenta atual, a internet, que tira quaisquer dúvidas na hora.
No entanto, mais uma vez o Estado se mete, e torna oficial a proposta execrável de um qualquer.
Conservo pequena biblioteca em casa. A coleção “Os Pensadores”, chamou a atenção de meu genro, e fico a pensar o que faríamos para que os jovens entendessem Kant, Marx, ou Nietzsche, ou Tom Jobim, estudioso de Villas Lobos e Debussy, se reescreveria, e para o jovem entender o Tom, passasse para funk ou rap?
Se pudéssemos ter uma “estupidômetro” para medir tal imbecilidade, ele explodiria.
Não restam dúvidas! O Brasil, passa por uma fase ruim, para o populismo, politicamente correto, que para dar certo, tudo é nivelado por baixo.
Será que Machado de Assis, só serve as elites, e baixar o nível, passa a ser mais democrático? Não, é justamente o contrário.
Lamentável! Mais uma bolsa para o povão, como se a gratuidade do Estado fosse a solução, o que está longe de ser, já que estas ações, empobrecem a língua, e mantém o atraso cultural.
*Osvaldir Silva é professor de Português, Literatura e Espanhol
Ser escritor é se dedicar à arte de contar histórias, por meio de palavras, contribuindo para a literatura.
Impressas, quem lê, ouve a voz, sente as sensações, e transforma-se no próprio escritor.
Ao "entrar dentro do livro", que lê, tem a sensação de um orgasmo.
Pela escrita, conhece-se o mundo que ainda está por vir, vivenciamos o nosso tempo, e os de outrora.
Assim foi, que conhecemos, por exemplo, Portugal, por Fernando Pessoa, a Bahia por Jorge Amado, os indígenas por José de Alencar, e o Rio de Janeiro por Machado de Assis.
E justo Machado, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta,
novelista, romancista, crítico e ensaísta, e natural do próprio Rio de Janeiro, querem atingir.
Com Monteiro Lobato, ao acharem que seus textos eram racistas, quiseram tomar-lhe as obras, ficando nítido que esta turma que não tem nada a fazer, não leu outros tantos autores, que dentro da liberdade de expressão, mancharam mais que Monteiro, com o negro, o sexo e a religião, as páginas brancas de seus livros. Agora para que os que não o alcançam Machado, possam ler, suas obras serão reescritas.
No meu período de estudante, tinha o prazer de pegar o trem, saltar na Central, e ir a pé, até a Biblioteca Nacional, ou ao Gabinete Português de Leitura, para fazer pesquisas, e mesmo que ali não fosse, em casa, ou na escola, havia sempre um dicionário ao meu lado para tirar dúvidas.
Se o incentivo da leitura, veio dos meus pais, continuou com os professores, um dos quais me ensinou ao consultar uma palavra no dicionário, correr os olhos nas demais, nas páginas à minha frente, assimilando não somente a que procurava.
Ora, se chegaram a conclusão que os jovens, e os que não atingem o bom vernáculo, não entendem Machado, deveriam incentivar esta juventude, e os sem alfabetização plena, para fazer bom uso de uma ferramenta atual, a internet, que tira quaisquer dúvidas na hora.
No entanto, mais uma vez o Estado se mete, e torna oficial a proposta execrável de um qualquer.
Conservo pequena biblioteca em casa. A coleção “Os Pensadores”, chamou a atenção de meu genro, e fico a pensar o que faríamos para que os jovens entendessem Kant, Marx, ou Nietzsche, ou Tom Jobim, estudioso de Villas Lobos e Debussy, se reescreveria, e para o jovem entender o Tom, passasse para funk ou rap?
Se pudéssemos ter uma “estupidômetro” para medir tal imbecilidade, ele explodiria.
Não restam dúvidas! O Brasil, passa por uma fase ruim, para o populismo, politicamente correto, que para dar certo, tudo é nivelado por baixo.
Será que Machado de Assis, só serve as elites, e baixar o nível, passa a ser mais democrático? Não, é justamente o contrário.
Lamentável! Mais uma bolsa para o povão, como se a gratuidade do Estado fosse a solução, o que está longe de ser, já que estas ações, empobrecem a língua, e mantém o atraso cultural.
*Osvaldir Silva é professor de Português, Literatura e Espanhol
Felizmente,conheci uma época ainda “de ouro” na educação,onde se respeitavam os mestres e as aulas eram fundamentadas .
ResponderExcluirHoje,entristece-me ver,que cada vez mais tenta-se “emburrecer” a população.
E isto, não só com os de baixa renda;os de classe média,também se “acomodaram”.A tal nível,que não vejo uma solução,senão a da seleção natural.Uma “faxina” neste grupo populacional,para que algo surja e nos dê um ponto de luz, de esperança.
Parabéns meu Mestre, pelo texto!Realidade que toca fundo, em quem ainda pensa.
Brilhante!!!!
ResponderExcluirEloy - RIO
Só lendo este baita "Estupidômetro"!!!
ResponderExcluirExcelente! Mais uma bolsa para o povão e com garantia da perpetuação clássica do populismo desses fdps.
Saudações, professor!
Como despertar o interesse de uma criança ou um jovem para pensadores filosóficos como Nietzsche, Kant, Marx, Schopenhauer ou uma linha menos pesada como Foucault por exemplo?...Sim, apresentando a eles, ensinando-os o amor pela leitura. É uma amor "ensinado" este SIM...disseminado dentro de casa desde a mais tenra e inocente infância!!!
ResponderExcluirCom as "cores" do saber. É irresistível à criança, este contato, meu querido!!!
Você sabe disso, criaste com tua esposa de uma vida, uma mulher notável e talentosa ao extremo que cultiva este amor pela literatura de qualidade, graças a este encontro que só os pais podem promover.
"Será que Machado de Assis, só serve as elites, e baixar o nível, passa a ser mais democrático? Não, é justamente o contrário."
Esta questão está mais que perfeita e valeria a postagem inteira.
Obrigado por brindar-nos com seus textos lúcidos e tocantes neste blog, Professor Silva!
Perfeito. e além do texto excelente e bastante divertido, o professor brincou com personalidades que deram o fahrenheit deste incrível "estupidômetro".
ResponderExcluirRL