terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Caminhos tortuosos


Por Osvaldir Sodré da Silva - do Rio de Janeiro


Quando que em um país sério, um ministro da fazenda,  minimiza a cada mês os números ridículos do PIB, e dá dez culpas e não desculpas?
Na ditadura militar, em pleno período do “milagre econômico”, um dos generais  disse à nação: “A economia vai bem, mas o povo vai mal.”
Há tempos, a  mentira e a farsa assolam o país. Os governantes passam ao povão, que a dívida externa foi paga, não diz como, pagam elevando  a dívida interna, e hoje temos duas altas dívidas.
O povo prefere futebol,  e carnaval, pouco se lixando com altas dívidas;  não têm noção de que a quantidade de ministérios, secretarias com status de ministério, furam seus bolsos e miram as urnas.
Antes, ser político era ser mais um funcionário público, passou a ser sinônimo de emprego vitalício, de pai para filho, e agora para os netos, pasmem!
Será  que algum dia, estes políticos refletirão no que estão realmente se propondo?
Bolsas isto, bolsa aquilo, utilizando o minimiza do ministro, minimiza, mas, o povo necessita é de trabalho e, não que tenham mais filhos para ganhar mais, ou que provoque o desemprego para receber o seguro.
Quanta politicagem!
Projetos não agregam o povo do interior. Não  há um processo de formação, voltado  para eles, há os de fachada, como os que trabalham no desvio do São Francisco, real desvio  para os bolsos.
Já nos grandes centros, os jovens, induzidos  ao consumismo desenfreado,  em que o automóvel,  se alia ao álcool,  a droga de entrada, e os recordes se acumulam, de ser um  país que  mata mais nas estradas, que nas guerras.
 Esta ganância desenfreada pelo poder, prova de outro recorde: maior arrecadação de impostos, inclui-se a bitributação: conta de luz,  do  IPVA, pedágios e outras tantas, sem que haja retorno de benefícios ao povo.
Passeatas podem não chegar a lugar algum, pelo simples fato que os políticos são insensíveis, mas, os números da economia, demonstram que a distribuição de renda continua a se dar de forma desigual, como disse o general.
E a  mudança do que está aí, só virá pela educação. Um país continente, nossa maior tragédia social. Hoje temos dez milhões de brasileiros com menos de 30 anos, que não estudam, e não trabalham, pior se dá com as meninas, cuja maioria com mais de um filho,  alegam  não estudar, por não ter quem cuide dos filhos.

O que será do país, quando estas crianças tiverem na idade destes pais?

12 comentários:

  1. Brilhante meditação sobre o nosso status quo atual. Muito lúcida e abrangendo com perfeição o que mais dói em nós todos: o dom que desenvolvemos de nos conformarmos. De sermos teleguiados e esta sua frase diz tudo, por si só: "Antes, ser político era ser mais um funcionário público, passou a ser sinônimo de emprego vitalício, de pai para filho, e agora para os netos, pasmem!" Precisamos refletir e muito. eu voto em trânsito internacional para não ter problemas com o meu trabalho e isto é ridículo. Enquanto no país que vivo, atualmente, o voto é facultativo há 20 anos. Obrigada por este toque, Osvaldir!

    PS: Quero solicitar à administração do blog uma atenção a um problema que tenho nesses quase dois anos que o leio e acompanho: Não consigo de jeito algum segui-lo como membro. Vocês merecem, pois tudo que está aqui escrito e as pessoas que escrevem são excelências, cada um no seu tema.

    Celina Dias - Santiago - Chile

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    1. Agradeço Celina. Realmente, mais que o texto, a reflexão. São anos, como tão bem diz, nosso nobre Antonio Siqueira, com esta turma se revezando, locupletando-se, às custas de manter um povo encurralado, educação rasteira, e sofrido, pisoteado, insensível, não como àqueles, pior, conformados.

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  2. "Caminhos Tortuosos"
    Perfeito demais para a estréia do nosso denodado e informadíssimo, Osvaldir neste blog que traz a verdade em todas as suas nuances. Excelente texto querido, que as pessoas absorvam de meditem sobre o que se passa aqui há quase 200 anos.

    Sem palavras para agradecer a grandeza de suas palavras e reflexões. O cometário acima já disse tudo.

    Celina, vou procurar no layout algo que possa estar lhe trazendo transtornos. Porém, posso lhe adiantar que, se tiveres uma conta gmail, a aceitação é imediata. O que é lamentável, pois deveria ser aberto a qualquer servidor.

    Obrigado pela participação.

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  3. Verdades têm que ser ditas!E aqui,foram muito bem ,por sinal!!

    É o que também penso!!
    O que será desses "pimpolhos"?
    Bem,a realidade é dura!
    Poderíamos ser um país com boas oportunidades de trabalho,estudo,para todos.
    Dentro de um padrão "saudável" e não fingindo "estar vivendo bem".
    Na atual circunstância,vale mais TER que SER!

    Texto excelente,"Big Father"!!!

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  4. Ótima reflexão sobre nossa realidade, é assim que me sinto nesse país, o que importa é ter, e não ser, nossa sociedade é hipócrita, bandidos viram heróis, os valores estão distorcidos, como conseguir manter a sanidade mental nesse universo?

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    1. Me sinto idêntica, mas com a esperança sempre, minha jovem. És jovem, bela e com uma vida pela frente. Algo de bom haverá de acontecer, tenha certeza.

      Celina Dias

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    2. Cecília, obrigado. Mantendo o pensamento positivo, para que um dia, uma mentalização universal, envolva a todos os homens de bem, voltados para aquilo que almejam atingir o mais próximos dos perfeitos.

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    3. Deus lhe ouça, sr Osvaldir.
      Queria retornar ao Brasil com outro clima, outra mentalidade.

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  5. Caminhos tortuosos e que são um prejuízo enorme a cada passo errado.
    Isso é Brasil!

    Marcelo

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  6. As passagens na érea de transportes coletivos, os impostos públicos, os serviços sejam eles quais forem e, o pior, os alimentos, dobraram de preços.
    E os institutos do governo mentiroso do PT darão índices infamemente infantis. É apertar o cinto ou explodir tudo.

    BCJ

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