sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Voltando a Ativa

Por Luís Junior- de São Paulo

Bem, faz tempo que não escrevo, e isso se deve por minha descrença no sistema partidário aqui na nossa terra, por anos participei ativamente de um grupo político que me orgulho muito, o núcleo Leon Trotsky, lá fazíamos reuniões e ações de conscientização da população, principalmente na Zona Oeste, participamos de fóruns de discussão no MST, MTST, Movimento estudantil, entre outros, passamos por três partidos em busca de um projeto de governo que contemplasse todas as nossas expectativas, e em todos encontrávamos o mesmo problema, uma rivalidade quase infantil e a ausência de propostas.

No PT vi que lá o que importava era “quantas garrafas” você tinha para por à mesa. Leia-se por garrafas quantidade de pessoas ligadas ao seu grupo.  Nós éramos tratados como aberrações por fazer atividades políticas fora da época de eleições, e principalmente baseando nossas ações em conscientizar a população que não se muda a sociedade através do voto. No fim saímos e começamos a conversar com o PSTU.  Lá descobri que o partido orbitava em fazer críticas ao PT, mas sem uma proposta concreta para a mudança na sociedade, toda e qualquer politica era voltada em dar visibilidade ao partido, até chegarem ao cúmulo de filiar um indivíduo que se arvorava de ser o grande expoente do “Fora Collor”. Uma figura que não merece o nome escrito, mas o que esperar de um ser que estava em um partido Stalinista e após a farra das carteiras da UNE, ter sua “imagem” arranhada, decide ser revolucionário. No momento que ele entrou em nosso grupo saí.

Chegamos a conversar com alguns grupos da IV Internacional Comunista como a LBI (liga Bolchevique Internacionalista) e esta, sim, foi umas das experiências mais surreais que eu já tive. O Rapaz que ficou responsável por nos passar todo o programa começou a atacar todos os grupos trotskistas que não eram da LBI, chamando de pelegos PSTU, PCO, etc...  Na segunda semana o cara some e não dá nenhum contato, após quase um mês encontramos o cara e ele tinha entrado para a igreja universal. Dizia que ‘ser comunista era errado e que só Jesus salvava’... No outro mês aparecem lépido e faceiro querendo discutir sobre política. Bem, nem preciso dizer que mandamos o cara para a PQP.

Após meses de atividades começamos a conversar com o PCO e sobre o programa político.  Participamos de vários eventos e estudos políticos que, sinceramente, foram fantásticos; tirando a mania de cachorro sem dono por causa de uma briga entre o PCO e o PSTU, também notei uma tendência em não discordar do presidente do partido.  Quando eles começaram a campanha Nacional pela meia entrada nos ônibus, queriam que nós do RJ fizéssemos a campanha. Argumentei que no RJ os estudantes da rede estadual não pagavam a passagem, e que o RJ era favorável ao passe livre total. Escutei que deveria seguir a diretriz da executiva nacional, foi o bastante para sairmos de lá. Após isso decidimos desativar o núcleo. Com isso fui me afastando e perdendo a motivação de lutar por uma sociedade melhor.
Após este longo período sabático, eis que vejo nas redes sociais a ideia de um partido diferente, que luta por mudanças no modo de democracia em que vivemos.  Após ler vários manifestos e documentos me senti compelido a cerrar fileiras nesta nova ideia. O Partido Pirata do Brasil. Vejo pontos que avançam para o século 21. Vou elencar alguns.


-O Partido Pirata não tem dono. Não foi fundado por um empresário ou político profissional em busca de uma legenda para chamar de sua ou alugar a quem der mais.




 



Colaborativismo
O Partido Pirata não concentra o poder nas mãos de poucos dirigentes.
O Partido Pirata do Brasil tem compromisso programático de empregar formas descentralizadas e colaborativas de elaborar e executar suas ações oficiais.
Quando nos deparamos com questões novas, encaminhamos debates e deliberações das quais participam todos os membros com as ferramentas de internet para construir nossos posicionamentos. É a sociedade que queremos construir.

Com isso estou me filiando à causa Pirata e lutando para que isso se torne realidade o mais rápido possível.

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2 comentários:

  1. Desejo, sinceramente, que o partidarismo tome outro rumo, não só no futuro do Brasil, como no mundo. Boa sorte, Junior.

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  2. Pode ser uma grande ideia, porém, hajam com retidão sempre, aconteça o que acontecer!

    Marcelo RJ

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