domingo, 27 de julho de 2014

O Brasil foi de suma importância para a criação de Israel


Um povo sem memória não evolui, tampouco consegue defender-se e/ou defender a história de sua pátria, o que é profundamente lamentável.


Oswaldo Aranha











Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Sem entrar no mérito da questão no que se refere à convocação do embaixador em Telavive ao país, absolutamente desproporcional e agressivamente despropositada a reação da Chancelaria israelense. Afirmar que o Brasil é um anão no campo da diplomacia, cuja presença não é levada a sério, é simplesmente um absurdo.

Não pode ser considerado sem importância o país cujo representante, Oswaldo Aranha, tornou-se o primeiro presidente da Assembléia-Geral da ONU e, nesta qualidade em 1947, tornou possível a criação do próprio Estado de Israel (que sem medo de qualquer represália, afirmo aqui que jamais deveria ser criado e assentado ali naquela região). Foi a votação do projeto que dividiu a Palestina em dois Estados um deles o de Israel.

Não pode ser considerado anão na diplomacia uma das apenas 11 nações que mantêm relações com todas as outras. Tão pouco pode ser minimizada a importância de um país que foi o único da América Latina a declarar guerra a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, ao Japão de Hiroito, apesar das escorregadas de Getúlio Vargas. Portanto ao eixo nazi-facista.

Não tivesse o Brasil importância no cenário mundial, não teria sofrido o covarde ato em que submarinos nazistas da Alemanha afundaram vinte e dois navios mercantes brasileiros indefesos, isto segundo conta uma história, mal contada ou não, fossem alemães por motivos cáusticos e estratégicos ou os Estados Unidos da América de Roosevelt a querer nos arrastar à guerra...o sofrimento e o tormento foram os mesmos num mundo tão infame. Em vários casos com requinte de crueldade: depois do torpedeamento, os submarinos vinha à tona e com metralhadoras no convés alvejavam os tripulantes que tentavam sobreviver.

A Chancelaria de Israel esqueceu que a Força Expedicionária Brasileira lutou bravamente nos campos da Itália, sob o comando do general Paton, destacando-se em vários episódios históricos como a tomada de Montecastelo, quando, na escalada, encontraram-se sob o fogo inimigo. E encontraram judeus famintos, maltrapilhos, torturados, vilipendiados e prisioneiros dos alemães...e os libertaram. Muitos oficiais brasileiros ficaram na Europa para o rescaldo de guerra, alguns por até um ano. Um tio meu participou de jornadas de libertação e com estes companheiros de várias nações, encontrou, dentre outras carnificinas, dois campos de concentração na Polônia e em Kiev, na Ucrânia. Não gosto, pessoalmente, de judeus ortodoxos e lido, mas com muito tato, com os da linha mais Easy, sobretudo no que concerne a trabalho. Acho que deveriam retratar-se. é muito fácil tornar-se antissemita de uma hora para outra, enojar-se de um judeu é simples e muito fácil, é uma linha tênue. Não são e nunca foram criaturas de fácil trato ou relacionamento e a distância é e sempre será uma excelente solução.

Israel, ao invés de escolher o Brasil como alvo político, deveria, isso sim, responder ao conteúdo das restrições que vêm sendo feitas pelo exagero das reações a que tem direito pelos ataques que sofre. Não quis discutir essa desproporcionalidade, concretamente. Achou normal e em resposta citou os 7 a 1 como exemplo de fato desproporcional. Neste ponto praticou um erro diplomático muito grande tanto sob o aspecto político quanto sob o prisma cultural. Além de esquecerem-se de que os nobres alemães que nos submeteram à esta humilhação desportiva no campo de jogo são netos ou bisnetos dos mesmos alemães que há pouco mais de 70 anos,  mataram 6 milhões de judeus de maneira sistemática e industrial.



7 comentários:

  1. SE O BRASIL FOSSE GOVERNADO POR UM PRESIDENTE ÍNTEGRO E MACHO NO MAIS COMPLETO ÂMAGO DA PALAVRA, JÁ TERIA ROMPIDO RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS COM ISRAEL, UM PAIZINHO QUE NÃO VALE MERDA DE GATO.


    Eloy

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  2. Na verdade a chancelaria israelense errou na construção daquela referida frase, que tanta polêmica tem causado. O certo seria que Israel tivesse dito algo semelhante a:

    - “O diplomacia brasileira tem agido como uma anã diplomática nestes anos de governos petistas”.

    Pronto! Resolvia tudo! Afinal não há dúvida alguma que os governos Lula e Dilma conseguiram colocar o nosso Itamaraty vergonhosamente de cabeça para baixo, em nome de uma ideologia tosca.

    Não há como comparar esta nossa diplomacia brasileira atual (patética, é claro!) com aquela da época de Oswaldo Aranha!, caro Antonio São tão diferentes quando gasolina e água!

    Roberto Lamas

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  3. O erro fatal daquela histórica Assembleia-Geral da ONU ocorrida em 1947, criando o Estado de Israel, foi certamente ignorar os palestinos que viviam naquelas terras áridas. Um povo agraciado e outro sem pátria e obrigado a viver em guetos espremido entre as fronteiras do recém-criado povo judeu, o Líbano, a Jordânia, o Egito e a Síria.

    A ONU de 1947 é a mesma ONU de hoje, apenas um retrato na parede. Erros atropelados por mais erros e sem nenhum poder para resolver os conflitos e as guerras localizadas na África, na Europa e na Ásia. O Conselho de Segurança esta a serviço das grandes potências vetando qualquer resolução que seja contra os interesses dos Estados Unidos, o verdadeiro país que dá as cartas naquele organismo internacional.

    Esse novo Império Romano, com ajuda das velhas e decadentes nações europeias, fazem o que querem ao fomentar grupos dissidentes chamados de insurgentes, armando-os contra as nações cujos governantes ousam contrariar os interesses do gigante internacional.

    Então, a mídia internacional comprada pelos detentores do poder maior e avassalador, incute nas consciências globais aquilo que interessa e esconde o que não convém à realidade dos fatos. Sobre esse prisma, a verdade jamais vem à tona, pois na paz e principalmente na guerra, a primeira vítima é a VERDADE.

    As atuais frentes de guerra no Oriente Médio não acontecem por acaso, aliás, nem uma folha que cai é fruto do acaso, pois tudo está ligado a tudo na interdependência universal. Os ditadores do Oriente Médio, muitos deles aliados dos governos americanos, principalmente os da era Bush, foram pacientemente e planejadamente minados no seu interior, a partir dos “cavalos de Tróia” infiltrados em seus círculos de poder.
    A ONU de 1947 é a mesma ONU de hoje, apenas um retrato na parede. Erros atropelados por mais erros e sem nenhum poder para resolver os conflitos e as guerras localizadas na África, na Europa e na Ásia. O Conselho de Segurança esta a serviço das grandes potências vetando qualquer resolução que seja contra os interesses dos Estados Unidos, o verdadeiro país que dá as cartas naquele organismo internacional.

    Só resta lamentar, que o mundo continua o mesmo ou até pior do que na época dos bárbaros e da Idade Média.

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  4. Ao rotular o Brasil como "anão diplomático", o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel desconsiderou o motivo do desconforto brasileiro, que é a represália excessiva aos palestinos. Desprezou a sua própria História: foi, como bem disse Antonio, Oswaldo Aranha, na presidência da Assembleia Geral da ONU em 1947, que assegurou as condições para a criação do Estado de Israel . O Brasil tem uma tradição de relações pacíficas com todos os países que integram a Organização das Nações Unidas. A chancelaria israelense deixa a todos perplexos numa alusão ridícula a jogo de futebol. Tão ridícula que esqueceu que foram os alemães os autores da goleada e do holocausto. Imaginem se banalizarmos o extermínio étnico com alguma luta do UFC.Mas ele já banalizaram há muito a morte de palestino. A vida de um judeu vale a de 30 palestinos.
    Antonio e Celso já disseram com muita propriedade tudo que penso e sinto. REVOLTA.

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    1. Na verdade a vida de um judeu não vale mais nem menos do que a de nenhum ser humano, amiga. Em 1947, assentaram estes infelizes lá, por ser a tal "terra prometida" e por que nem o Canadá com mais de 15 milhões Km² se interessou em ceder um metro sequer de terra para resolver a situação dos judeus no pós guerra. Os judeus que estavam lá há quase 50 anos, viviam sob pressão desumana e isso foi citado por Aranha nas negociações para criação de Israel. Não é fácil para a diplomacia de nenhum grupo pacifista formado pela Liga das Nações mais importantes da ONU; De um lado, um povo que sofreu anos de perseguições e conseguiu formar um Estado com poderio militar gigantesco. Do outro, um povo que teve domínio da região por séculos, mas se viu expulso de casa e abandonado por seus vizinhos. O conflito entre israelenses e palestinos é milenar, mas não justifica tanta disparidade de forças e este genocídio sem precedentes. No final do século XIX surgiu o Movimento Sionista que tinha como proposta a criação de um Estado para o povo judeu, que sofreu muitas perseguições e estava espalhado mundo afora. Oswaldo Aranha foi o diplomata mais empenhado nestes diálogos e acabou liderando o conselho de segurança. Não sei se Aranha judeu ou gostava de judeus, sei que
      os sionistas começaram a incentivar a migração dos judeus de volta para a Terra Santa, de onde eles foram expulsos pelos Romanos no século III. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus migraram para a área, que na época ainda pertencia ao Império Otomano. Com as guerras mundiais, o movimento sionista cresceu. Em 1948, antes da criação do Estado de Israel, a quantidade de judeus imigrantes chegava a 600 mil pessoas.

      Veio o fim da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano se desfez e a Inglaterra assumiu o controle da região da Palestina. A relação entre os ingleses e os povos árabes que habitavam a região não era das mais pacíficas e, enquanto isso, os judeus continuavam sua migração. Com a perseguição dos nazistas e a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de judeus para a região aumentou drasticamente.

      Após a Segunda Guerra, as notícias sobre os horrores do Holocausto acabaram sensibilizando a opinião pública, sobretudo a pressão enorme sofrida pela Inglaterra para abrir mão da colonização da área. Para tentar resolver o impasse entre árabes e judeus, a ONU propôs, em 1947, a divisão do território palestino, criando dois estados e deixando Jerusalém como um “enclave internacional”. Os árabes das nações ao redor não concordaram com a proposta – eles desejavam criar o “Estado Unido da Palestina” em todo o território – dessa forma, os judeus seriam minoria. Israel teme que a criação um estado independente palestino possa iniciar uma nova série de guerras na região, parecida com a que aconteceu nos anos 1970. Além disso, eles temem que o Hamas ganhe poder sobre a Cisjordânia e passe a atacar Israel, assim como eles fizeram em Gaza. Depois de tantos anos de conflitos, os palestinos dificilmente concordariam em prometer uma desmilitarização permanente. Você deve perceber que Israel teme, só teme, teme e se caga sempre de medo de sumir do mapa definitivamente. Só faz inimigos que provoca, só desperta o ódio quem não presta. Que assim seja! Ainda bem, Rosa, que estão muito, mas muito longe de nós.

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  5. É triste ver que em meio a tudo isso vidas inocentes são sacrificadas,não sou a favor de guerras mas entendo que os Judeus sempre foram perseguidos ao longo da história,foram escravos no Egito,na Babilônia(Iraque),Persas e Medos(Irã) entre outros,império romano sobreviveram ao nazismo só p citar aluns fatos históricos...imagine vc n ter uma pátria, ter que viver de país em país.

    Teddy - Mossoró RN

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  6. tudo isso é policicas .... porque existem tumulos de Maria ou de jonas ou de quem quer que seja isso não é pq quando jesus estava na epoca ele entrou em jerusalém ele chorou com tanta incredulidade.

    zilma

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