sábado, 15 de novembro de 2014

O Golpe do dia 15 de novembro de 1889

Por Antonio Siqueira - Do Rio de janeiro



Deodoro era monarquista: 
Tela de Benedito_Calixto_-_Proclamação_da_República,_1893



















Na madrugada de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca ardia de febre em sua casinha de três quartos e sala, numa transversal do Campo de Santana, depois Praça da República. Dias antes havia recebido uma comissão de ilustres republicanos empenhados em aliciá-lo para a causa, mas opinara que a mudança do regime só deveria acontecer após a morte do Imperador. Era amigo pessoal de D. Pedro II.

Na noite anterior dois regimentos e um batalhão aquartelados em São Cristóvão tinham-se rebelado, ocupando o Campo de Santana, bem defronte ao prédio do Ministério da Guerra. Seus oficiais queriam a destituição do primeiro-ministro, Visconde de Ouro Preto, acusado de pretender dissolver o Exército, força cada vez mais influente depois da Guerra do Paraguai.

Os insurgentes, com seus canhões apontados para o ministério, onde estavam reunidos os ministros, ressentiam-se da presença de um chefe de prestígio. Alguém lembrou que quadras adiante morava Deodoro, posto em desgraça e mandado para a reserva por desavenças com Ouro Preto. Conta a lenda que a mulher do marechal recebeu os emissários com um cabo de vassoura na mão, tentando impedir que perturbassem o marido. Deodoro os recebeu e ouviu os boatos da hora: a ordem de sua prisão estava assinada, além da dissolução do Exército, que a Guarda Nacional substituiria. Irritado, com a febre aumentada, fardou-se, disposto a chefiar o motim. Estava fraco, não conseguiu montar o cavalo posto á sua disposição, embarcando numa charrete que, passando pela avenida do Mangue, seguiria para os quartéis em São Cristóvão. No meio do caminho é surpreendido por tropa armada, até com banda de música, que iria aderir aos sediciosos. Faz meia volta e dirige-se ao prédio do ministério da Guerra.

Ouro Preto e seus ministros olhavam pela janela a movimentação dos canhões rebelados, tendo o primeiro-ministro convocado o Secretário-Geral do Exercito, marechal Floriano Peixoto, comandante das forças legalistas, por sinal acantonadas na parte de trás do ministério. Apontando para os canhões, ordenou que fossem tomados a baioneta pela tropa a seu dispor. Diante das ponderações sobre dificuldades, afirmou que no Paraguai, em condições mais adversas, “as peças inimigas haviam sido conquistadas com arma branca.

Floriano, fleugmático, sentenciou o que aconteceria minutos depois: “É, mas lá nós lutávamos contra paraguaios…

Deodoro chegou aos portões do ministério, exigiu que fossem abertos e já montado num cavalo baio, irrompeu pelo páteo e as escadarias, cercado pela tropa rebelada que gritava “Viva Deodoro! Viva Deodoro!”

O movimento, no entender do velho militar, visava a deposição de Ouro Preto. No gesto característico de seu comando no Paraguai, ele tirou várias vezes o boné, saudando os companheiros, e gritando “Viva o Imperador! Viva o Imperador!

Subiram ao andar onde estava reunido o ministério, misturado com os republicanos históricos, alertados para a oportunidade. Ouro Preto não se levanta e escuta as queixas de Deodoro sobre a perseguição ao Exército. A febre aumentara e o marechal repetia diversas vezes o argumento de que “nós que nos sacrificamos nos pântanos do Paraguai não merecermos isso”.

Arrogante, pretensioso e elitista, Ouro Preto o interrompe para dizer: “olha aqui, marechal, maior sacrifício do que fizeram nos pântanos do Paraguai estou fazendo eu aqui ao ouvir as baboseiras de Vossa Excelência!

Passaram-se poucos segundos antes que Deodoro repetisse tradicional frase castrense: “esteja todo mundo preso!”

De Benjamim Constant a Quintino Bocauiúva, Aristides Lobo, Rui Barbosa e outros republicanos que caberiam numa kombi, se kombis já existissem, veio a tentação para que Deodoro aproveitasse o episódio e proclamasse a República. O militar hesitou mas cedeu ao argumento de Benjamin Constant: “e mais, marechal, a República terá que ser governada por um ditador, e o ditador é o senhor!”

Dizem que a febre passou e os olhos de Deodoro se arregalaram. A tropa vitoriosa empreendeu um desfile pela rua Larga e adjacências. Deodoro voltou para casa, caiu em sono profundo e os republicanos trataram de redigir os primeiros decretos da recém nascida República. À tarde, foram à casa do marechal, que pretendeu dar o dito pelo não dito, ou o proclamado pelo não proclamado, mas cedeu aos apelos da multidão organizada por José do Patrocínio na porta de sua casa.

A República estava nascendo. O Imperador, que naquela manhã havia descido de Petrópolis, de trem, permaneceu na Quinta da Boa Vista, onde recebeu ordens para exilar-se, com a família. Militares mais exaltados haviam proposto que fossem todos fuzilados, mas Deodoro reagiu com vigor, ainda mandando que fosse votada uma verba para família real sustentar-se lá fora. D. Pedro II declinou…




domingo, 5 de outubro de 2014

A Hora da Verdade

Por  Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Nos encontramos mergulhados num imenso deserto de ideias















É isso aí. Nesse início das eleições presidenciais, para os governos dos estados, parlamentares
federais e estaduais, estamos todos nós a pouco tempo de podermos conferir o que disseram o Datafolha e o Ibope e o que as urnas deste domingo vão revelar. Nos encontramos mergulhados em um grande deserto de ideias como bem bradou Osvaldo Aranha há quase um século, porém, se tratam de eleições e a partir deste pleito que as coisas andam ou desandam.

Não é possível dizer agora quem estará em um eventual segundo turno. O senador Aécio Neves (PSDB) e a ex-senadora Marina Silva (PSB) têm, praticamente, as mesmas chances de estar presentes na segunda fase de votação, de acordo com as últimas pesquisas, considerando as margens de erros. Um deles deve disputar com a presidente Dilma Rousseff (PT).

Ainda há um outro fator importante a considerar. O número de indecisos, ainda que não seja mais muito grande, aponta para a indefinição. Normalmente, os votos dos indecisos se distribuem nas mesmas proporções dos votos já definidos. Mas essa é apenas uma tendência. Não há como assegurar se essa distribuição assim será.

A última movimentação dos candidatos também poderá ser decisiva para as definições finais. Uma frase mal colocada, uma ação impensada podem derrotar ou alçar um candidato diante de uma disputa tão acirrada.


Mas tudo isso indica como o país está dividido. Não existe mais hegemonia de nenhum projeto. A insatisfação com o atual quadro é perceptível, mas não é majoritária. E mais grave do que a divisão das forças é a radicalização das posições. O Brasil vive um momento de ódio e amor. Os seguidores do governo federal, especialmente os petistas, e o grupo que reprova a administração federal – o antipetismo – não aliviam. Eles traçam um duelo aberto nas redes sociais, nas ruas, em suas casas e até mesmo em suas relações mais pessoais.

charge: newton silva
Há três meses, 75% dos brasileiros se diziam insatisfeitos com o país e exigiam mudanças urgentes, mas hoje, quando todos os indicadores econômicos, que já eram ruins, pioraram ainda mais, o desejo de mudança se transformou na liderança folgada dos situacionistas Dilma (PT), Alckmin (PSDB) e Pezão (PMDB). Vai entender. Será que eles mentiram aos pesquisadores? Ou eram felizes e não sabiam? Ou gostavam de sofrer? Ou o medo do desconhecido é maior que a esperança no futuro? Mas como mudar, se nenhum governante municipal, estadual ou federal jamais reconhece seus erros, atribuindo-os sempre a outros, a conspirações políticas ou a circunstâncias adversas?

Salvo um terremoto inesperado, estão fora do páreo aqueles que podem dizer todas as maravilhas que muitos de nós esperamos ouvir: que são a favor de salvar as vidas das mulheres que precisam abortar; que são absolutamente contrários à homofobia; que defendem o meio ambiente muito além da mera preservação das florestas; que não pagam de jeito nenhum a dívida que o governo contraiu com credores: os banqueiros que se virem…




terça-feira, 16 de setembro de 2014

O que você entende por “Estado Laico”?

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro




Politica + Religião
























Virou moda invocar a laicidade do Estado para desqualificar opiniões, religiões e igrejas. É o tipo de coisa que só acontece no Brasil, país em que presidentes da República se atrapalham com rudimentos de português e matemática. Fosse o pensamento prática frequente entre nossa elite, tais invocações à laicidade do Estado seriam rechaçadas pelo que de fato são: ensaios totalitários visando a calar a boca da maioria da população.

A leitura dos preceitos que os constituintes de 1988 incluíram em nossa Carta Magna sobre o tema esclarece, acima de qualquer dúvida, que eles desejavam, nesse particular, limitar a ação do Estado e não das pessoas, suas religiões e igrejas, como agora, maliciosamente, lendo a carta pelo seu avesso, alguns pretendem fazer crer. Enfaticamente, a CF determina ser “inviolável a liberdade de consciência e de crença”, que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença” e que o Estado não pode estabelecer ou impedir cultos.

Não são as opiniões de indivíduos ou, mesmo, de figuras públicas em que se perceba inspiração religiosa que violam a Constituição, mas as tentativas de os silenciar, de os privar do direito de expressão, aos brados de “Estado laico! Estado laico!”. Não, senhores! Foi exatamente contra essa pretensão que os constituintes ergueram barreiras constitucionais. Disparatado é o incontido e crescente desejo que alguns sentem de inibir a opinião alheia, para que possam – veja só! – falar sozinhos sobre determinados temas. E são tantos os desarrazoados neste país que poucos percebem o tamanho da malandragem.

Leigos ou religiosos, ateus ou agnósticos, detentores de mandato ou jurisdição, podem e devem ouvir suas consciências ao emitirem seus votos ou decisões. Talvez estejamos habituados a líderes que escolhem princípios como gravatas (ou echarpes) e estranhemos quem os tenha, bons e sólidos. A laicidade impõe limites ao Estado, não aos cidadãos!

Eu tenho o direito de emitir conceitos, com base religiosa ou não, fundados na cultura gaúcha, mineira, nordestina, carioca ou tupiniquim em geral, na doutrina marxista ou liberal, sem que desajuizados pretendam me calar. Essa minha liberdade tem garantia constitucional. E há dispositivos específicos para assegurá-la no que se refira às convicções religiosas e suas consequências. A histeria a esse respeito escancara não só recusa ao contraditório, mas também vocação totalitária. Por quê? Porque como bem se sabe, o totalitarismo, para cujo porto estamos sendo levados pelo nariz, não pode conviver com sistemas de valores que não sejam ditados pelo Estado e que ante ele não rastejem. É a esse mostrengo que andam chamando “Estado laico”. Ele não é isso.




domingo, 31 de agosto de 2014

Genocídio Autorizado

Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro


Genocídio 


















Nas últimas semanas tem chamado a atenção, mais uma vez, a diferença de tratamento entre dois temas e dois países: a Rússia, no âmbito da crise ucraniana, e ­Israel, no contexto de seu confronto com o Hamas e a destruição física e humana da Faixa de Gaza. Moscou – cujo governo pode ter, naturalmente, seus defeitos – tem sido acusada de agir como potência agressora no país vizinho, quando, na verdade, está defendendo o último espaço teoricamente neutro que lhe restou após a queda do muro de Berlim. Quando do fim da União Soviética, e do próprio desarme nuclear da Ucrânia, os Estados Unidos comprometeram-se a não atrair os países do antigo Pacto de Varsóvia para a órbita da Otan, e, assim, não cercar, com tropas hostis, o território russo.

De lá para cá, em menos de 20 anos, várias nações, entre elas a República Tcheca, a Hungria e a Polônia, abdicaram de qualquer neutralidade e se agregaram à aliança ocidental, envolvendo a Rússia com um anel de aço. Nele, não existem apenas soldados inimigos, mas também podem ser colocados mísseis com capacidade de atingir as principais cidades do país em poucos minutos, e em menos da metade do tempo do que levariam suas armas nucleares para chegar ao território dos Estados Unidos.

Quando da “independência” da Ucrânia, em 1989, ficaram dentro de seu território milhões de russos étnicos que haviam compartilhado durante anos, com os ucranianos, a cidadania soviética. Esses cidadãos não aceitam se aliar ao “ocidente” para combater sua própria gente, sua própria história, sua própria cultura, que estão também nos territórios russos que existem do outro lado da fronteira.

Antes da queda do governo que estava no poder até fevereiro, os russos subsidiavam o gás vendido à Ucrânia, e procuravam estabelecer com ela maiores laços econômicos, para que o país não caísse totalmente sob a influência dos Estados Unidos e da União Europeia. Manobras ocidentais romperam o precário equilíbrio existente dentro da sociedade ucraniana, levaram à queda de Yanukovich e à ascensão, pela primeira vez depois da Segunda Guerra Mundial, de membros de partidos neonazistas a um governo de um país europeu. A isso, se seguiu a ocupação, por Putin, da mais russa das regiões ucranianas, a Crimeia. Por mais que a imprensa dos Estados Unidos diga o contrário, no mundo real nem o governo ucraniano nem o atual governo israelense podem ser “vitimizados”.

O magnata Petro Poroshenko chegou ao poder no rescaldo da derrubada de um governo eleito, sob um pretexto que até hoje é colocado em dúvida: a morte de civis na etapa final das manifestações da Praça­ Maidan, por policiais ligados ao REGIME anterior, quando, na verdade, há fortes indícios de que os tiros foram disparados por franco-atiradores neonazistas, interessados em criar um fato que servisse de “ponto de virada” na situação ucraniana.

No caso da derrubada, não do governo Yanukovich, mas do avião malaio que caiu no leste da Ucrânia, é preciso perguntar: a quem interessava o crime?

Com vários aviões de guerra abatidos nas últimas semanas, e impossibilitado de retomar, pelas armas, grandes cidades como Donetsk e Karkhov, o governo ucraniano encontra na queda de um avião civil, com grande número de passageiros ocidentais a bordo, um excelente “ponto de virada” para tentar impedir que os independentistas de etnia russa continuassem a derrubar suas aeronaves, e colocar Putin contra a parede, obrigando-o, por sua vez, a pressioná-los.

Afinal, o presidente russo acabara de marcar importantes pontos em seu jogo de xadrez contra os Estados Unidos, retornando de vitoriosa viagem à América Latina, na qual participara da criação do Banco e do Fundo de Reservas do Brics, e mostrara que tem suficiente jogo de cintura para se furtar às tentativas “ocidentais” de isolá-lo internacionalmente.

E o que teria ocorrido, caso – como disseram fontes russas – tivesse sido atingido o avião de Vladimir Putin, que cruzou a mesma rota do voo da Malaysia Airlines? Os ucranianos não teriam da mesma forma – com a ajuda da imprensa “ocidental” e como fizeram com o avião malaio – acusado os rebeldes de ter derrubado o avião presidencial russo, por engano? Em todo caso, os últimos interessados e os que tinham mais a perder com a explosão do avião da Malaysia Airlines teriam sido exatamente os russos e os rebeldes ucranianos.

Enquanto a imprensa ocidental acusa os rebeldes e, eventualmente, o próprio Kremlin,­ de ter derrubado o avião de passageiros, Obama afirma que Israel – que acusa sem confirmação o Hamas de sequestro e assassinato de três adolescentes – “está apenas se defendendo”, na Faixa de Gaza, e é acompanhado, nisso, pelos mesmos “analistas” e editorialistas que atacam o comportamento da Rússia na Ucrânia.

Há pouca diferença dessas campanhas com outras, como a que afirmou, durante anos, sem nenhuma prova, que havia armas de destruição no Iraque. A imprensa nazista passou anos recorrendo ao mesmo tipo de gente, de “analistas” raciais a “entendidos” em geopolítica, para explicar e contextualizar os perigos do judaísmo para o mundo, e a sua vinculação com os bolcheviques comunistas.

Quando a Alemanha de Hitler dominava a Europa, os nazistas costumavam matar dez reféns para cada soldado alemão que sofria um atentado. Na ofensiva de Tel-Aviv em Gaza, a mídia “ocidental” parece achar normal que a proporção de civis mortos e feridos, seja de mais de 20 palestinos para cada israelense atingido em combate ou pelos foguetes artesanais do Hamas, e que boa parte do território – com mais de 4 mil habitantes por quilômetro quadrado – já tenha sido destruída, deixando mais de 100 mil desabrigados.

Ao bombardear mulheres e velhos, meninos e meninas, apartamentos e ruas de Gaza, Israel implantou, regou e alimentou, com ossos e sangue – como faziam os nazistas com suas experiências com repolhos no campo de extermínio de Maidanek – um ódio profundo e incomensurável em nova geração de palestinos, da mesma forma que, ao destruir o Iraque, os Estados Unidos abriram caminho para Bagdá e Mossul para os terroristas da Al Qaeda.

Quando se tornar impossível a sobrevivência e a permanência, dentro das estreitas fronteiras de sua gaiola de escombros, cercada por muros e arame farpado, dos quase 2 milhões de palestinos que vivem em Gaza, será que os israelenses se inspirarão em seus algozes de um outro gueto, o de Varsóvia? Lá, judeus de toda a Europa foram amontoados, sem água, luz, comida ou aquecimento, durante meses a fio, para morrer de tifo e outras doenças contagiosas. Finalmente, foram levados para campos – como Israel pode fazer com os palestinos – se quiser, teoricamente, assisti-los “humanitariamente”.

A outra opção é entrar – como fizeram os SS do Brigadeführer Jürgen Stroop há exatamente 71 anos – com tanques e lança-chamas no meio das ruínas, no Gueto de Varsóvia, e caçar, um por um, os sobreviventes, até o último homem, mulher ou criança, como se fossem ratos.

As ações do governo israelense são muito contestadas por parte da oposição israelense e também por integrantes da comunidade judaica espalhados pelo mundo. Mas a julgar pelo noticiário da imprensa “ocidental”, essas vozes dissonantes tampouco existem.

domingo, 24 de agosto de 2014

Danos e tragédias: Vigiai e protegei os inocentes!



A Guerra de culpas que acabam sendo divididas
Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro
em um breve retorno


Hamas



















Ao promover uma invasão de terras, os membros do MST seguem rigorosamente as instruções fornecidas por seus líderes. Na hora do enfrentamento, as crianças vão na frente, formando um escudo humano para proteção dos marmanjos. Isso é algo a que estamos habituados a assistir aqui, bem perto dos nossos olhos.

Não pode nos surpreender, portanto, que o Hamas, na guerra que promove contra Israel desde a faixa de Gaza, utilize escolas e hospitais como bases para lançamento de seus foguetes para, depois, derramar lágrimas de crocodilo sobre imagens dos danos ali causados. É o Hamas que impõe seu totalitarismo religioso fanático sobre a pacífica população da faixa de Gaza e não Israel. É o Hamas que está se lixando para os males que afligem a população civil da região sobre a qual impõe sua insensível tirania.

Com muita razão aliás, o noticiário sobre o conflito observa uma grande desproporção entre as potencialidades bélicas de ambos os lados. Mas é muito difícil entender o tipo de justa proporção que se poderia esperar naquelas circunstâncias. Se o problema do conflito ali travado é a desproporcionalidade das forças combatentes e não a existência de um grupo terrorista islâmico agressor na fronteira de Israel, com o intuito explícito de o destruir, torna-se indispensável definir o que seria uma justa proporção aplicada ao caso.

Indago: para atender a esse clamor, Israel deveria abandonar o armamento que usa e passar a empregar mísseis de fabricação caseira? Seria isso o que se espera? Ou, quem sabe, Israel deveria adotar atitude passiva enquanto os radicais do Hamas despacham seus artefatos desde os telhados de Gaza? Existem extensas áreas despovoadas ou muito pouco povoadas em Gaza. Por que os terroristas do Hamas se abrigam exatamente nos setores urbanos mais densamente ocupados? E é israelense a responsabilidade pelos danos? Vigiai e protegei os inocentes!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Nos Arcabouços das Grandes Guerras




Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro


@arte__larrouse__enciclopédia





















Desde tempos imemoriais, a Europa foi  marcada pela guerra e pela crença de que seus limites eram os limites do mundo. Ainda antes de Cristo, dezenas de conflitos mancharam de sangue suas montanhas e vales, mares e rios,  praias e ilhas do Mediterrâneo.

Às invasões dóricas, seguiram-se as guerras entre romanos e etruscos; as que opunham  cidades-estado gregas, como Esparta e Argos; as guerras persas e as sicilianas; as do Peloponeso; as invasões Celtas e as Púnicas.

No primeiro milênio, entre muitas outras, tivemos as Guerras Ibéricas; a conquista romana da Bretanha; as Guerras Góticas; as guerras civis romanas; a Reconquista; as invasões húngaras; persas contra iberos; os Rus contra Bizâncio.

O segundo milênio começou com a guerra germano-polonesa de 1002; seguida das expedições genovesas à Sardenha; da conquista normanda da Inglaterra, e depois, da Irlanda; e outras disputas, como a Rebelião Saxônica; a Guerra de Independência da Escócia; a guerra dos otomanos contra os sérvios; a Rebelião dos Münster; a Guerra Anglo-Espanhola; as guerras de sucessão; as Guerras Napoleônicas, etc.


Guerras Planetárias do Século XX e do Terceiro Milênio 

Em extensão, duração, e intensidade, nenhuma se comparou, no entanto, à Primeira Guerra Mundial, com 16 milhões de mortos e 20 milhões de feridos, ao longo dos quatro anos de conflito; e à Segunda Guerra Mundial, com 85 milhões de mortos, em todo o mundo, se incluirmos os que pereceram pelo genocídio, as fomes e as doenças.

A Segunda Guerra Mundial foi tão desastrosa para a Europa, que, mesmo dividida, entre a OTAN e o Pacto de Varsóvia, países como a França e a Alemanha fizeram grande esforço, a partir da Comunidade do Carvão e do Aço, para forjar a Comunidade Econômica Européia e a União Européia, com a esperança de que, ao menos entre eles, as duas maiores nações e rivais do oeste da Europa, não houvesse novos conflitos.

O problema é que, tendo começado como aliança voltada para a preservação da paz, a Comunidade Européia, por meio da OTAN, passou a agir como preposta dos interesses norte-americanos. E, mais tarde, como linha auxiliar dos EUA, em regiões nas quais os europeus já se sentiam nostálgicos de seu antigo poder colonial, como o Oriente Médio e o Norte da África, em países como o Iraque, o Afeganistão e a Líbia. Sem esquecermos do apoio incondicional às atrocidades cometidas por Israel desde à invasão do território palestino causados por um erro fatal da ONU, talvez o maior de todos os erros diplomáticos. O EUA e seus aliados forjaram um dos maiores banhos de sangue e extermínio de um só povo na história das guerras modernas.

Nos Balcãs, desmembrou-se a Iugoslávia, mas a intervenção militar posterior não estava voltada contra uma nação determinada, e sim para jogar, uns contra os outros, os pedaços desmembrados do país de Tito.

Ao meter-se na Ucrânia, junto com os EUA, para destruir o país, e promover uma guerra civil, depois de um golpe de Estado,  a UE abandonou, definitivamente, os ideais que lhe deram origem. E voltou a abrir as portas do velho continente aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, que tantas vezes já o percorreram no passado.



*Quero aqui agradecer a atenção  dispensada a este escriba e à esta coluna nestes dois anos em que escrevo neste blog. Problemas particulares tornam vital a interrupção deste que vos escreve em suas postagens e matérias neste espaço tão valoroso. Os poucos, porém ilustres, leitores do Blog Política & afins, elevaram esta página à referência de qualidade para alguns e abrilhantaram-na com comentários inteligentes. Saio de cena por tempo indeterminado, mas nos encontraremos em alguma “esquina” virtual ou viva neste universo por vezes impressionantemente fascinante, porém, noutras vezes, denso e pesado.
Espero, fervorosamente, que os demais membros articulistas desta página, deem continuidade a este trabalho tão útil à sociedade como um todo.

Com carinho e, mais uma vez, eternamente grato:

Antonio Siqueira



terça-feira, 22 de julho de 2014

O genocídio progressivo de Israel no gueto de Gaza


Jovens em Israel se recusam a servir o exército



Protesto contra a guerra em Telaviv
















Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro



As autoridades médicas da Faixa de Gaza informaram que nove palestinos da mesma família, sendo sete crianças, morreram ontem (21) após um ataque aéreo da aviação israelense. Segundo o porta-voz do Serviço de Emergência, Ashraf  Al Qudra, as vítimas foram mortas quando aviões atacaram a casa onde estavam.

Na atual onda, também aparecem típicas características de etapas anteriores deste genocídio progressivo. Pode-se ver cada vez mais o apoio generalizado judeu israelense aos massacres de civis em Gaza sem que haja uma só voz dissidente significativa. Em Telavive, as poucas pessoas que se atreveram a manifestar contra o massacre foram golpeadas por fanáticos judeus enquanto a polícia se mantinha à margem e observava. Mas existe sim uma dissidência e bastante curiosa, vejam só;

Em uma carta endereçada ao primeiro ministro Binyamin Netanyahu e ao público israelense, 60 jovens de ambos os sexos, de 16 a 19 anos, afirmam que pretendem se recusar a prestar serviço militar pois se opõem à ocupação dos territórios palestinos.

Esta é a primeira grande onda de recusa ao serviço militar desde 2001, quando centenas de soldados da reserva se negaram a participar das ações militares de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, durante a segunda Intifada (levante palestino).

A iniciativa é denominada Recusa 2014 (Seruv 2014). “Nos territórios ocupados são cometidos diariamente atos definidos pela lei internacional como crimes de guerra”, declaram os jovens, “inclusive execuções extrajudiciais, construção de assentamentos em terras ocupadas, prisões sem julgamento, tortura, punição coletiva e distribuição desigual de recursos como eletricidade e água”.

A declaração dos jovens gera uma intensa polêmica na sociedade israelense, onde o serviço militar é obrigatório tanto para homens como para mulheres, depois de completarem 18 anos.
Muitas vezes a polêmica adquire caráter violento e vários jovens entrevistados  pelo site Terra disseram que as reações que estão enfrentando “dão mêdo”.

“Desde a publicação da nossa carta começamos a receber todos os tipos de insultos e até ameaças de morte por intermédio das redes sociais”, disse Itai Aknin, de 19 anos. Segundo ele, os integrantes do grupo “estão decididos” a não prestar serviço militar, apesar das pressões que estão sofrendo.

Como porta-voz do grupo, Aknin é um dos jovens que mais se expõem. Já foi entrevistado no canal 2 da TV israelense e na radio Galei Israel. Em ambos os programas, ficou bem evidente o antagonismo e quase ódio de outros participantes contra a iniciativa. Um apresentador da rádio chamou o porta-voz de “moleque” durante a entrevista ao vivo. Na televisão, um dos participantes afirmou que a TV “nem deveria dar espaço para essa iniciativa desprezível”.


ABUSOS


Não queremos participar dos abusos que o Exército comete contra os palestinos, queremos acabar com a ocupação”, disse Aknin. Ele acredita que a iniciativa pode influenciar outros jovens israelenses que estão prestes a se alistar no Exército.

Ao lerem a nossa carta, tenho certeza de que muitos jovens pensarão duas vezes antes de prestar serviço militar”, disse.

A guerra em Gaza, em 2008, foi o momento em que percebi que algo de muito errado estava acontecendo aqui”, contou, “naquela época, eu tinha 14 anos e me lembro que fiquei muito chocado quando descobri que o meu país estava bombardeando civis e matando inclusive crianças”.

Arrastei minha mãe para uma manifestação contra a guerra, em Tel Aviv”, disse Acknin. Aos 17 anos, ele começou a participar de manifestações conjuntas, de ativistas palestinos e israelenses, contra a construção do Muro na Cisjordânia.

Comecei a ir às manifestações em Bilin (aldeia palestina na Cisjordânia) e quando vi o que acontece lá ficou claro para mim que não posso, de maneira nenhuma, fazer parte do Exército”.

*Desde 2012, judeus religiosos ortodoxos também são obrigados a servir ao Exército de Israel e enfrentar os palestinos. É claro que isso não vai dar certo.





domingo, 22 de junho de 2014

Dez Anos sem Brizola

Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



Leonel de Moura Brizola
A ideia de educação como agente radical de transformação social, uma bandeira do brizolismo, ficou pelo caminho. Hoje, pensa-se em educação de uma forma técnica, também importante, mas nem perto do que foi com Leonel Brizola.

A educação sempre foi principal bandeira de Brizola, quando governador do Rio Grande do Sul, construiu mais de seis mil escolas, acabando com o analfabetismo no estado. No Rio de Janeiro, foram mais de 500 Cieps, que o povo batizou de Brizolões, o que, para muitos, foi motivo para seus sucessores deixarem o projeto de lado.

Outro sonho deste homem: fazer também a reforma agrária para acabar com a miséria no campo e com as favelas na cidade. Foi derrubado por uma burguesia ignorante que não entendeu sua proposta de capitalismo autônomo.

Apontado pelo desafetos como responsável pelo aumento da violência no Rio de Janeiro, a tese não encontra acolhida em muitos que estudam o tema. Até nessa polêmica questão Brizola, que prendeu todos os chefes do narcotráfico da época, esteve à frente do tempo.

Se hoje, ainda que timidamente, há um debate sobre os direitos de quem mora na favela, ele começou com Brizola, que foi o primeiro a defender para o favelado o mesmo tratamento dado para quem mora na Vieira Souto.

Andam tentando ressuscitar Brizola num ato de desespero politico, mas para para falar em Brizola, tem que ter compromisso com a educação. E nenhum deles tem.


Dos tesouros públicos

Nunca fui grande entusiasta de ver Brizola como governador ou presidente,  ele  manteve as finanças nos eixos, sempre com arrecadação eficiente. Foi assim no governo do Rio Grande do Sul. Nos governos dele, sempre havia dinheiro para investir em projetos sociais. Sou suspeito para falar, mas não teve nenhum outro governo brilhante no Rio Grande do Sul depois do dele. Já nos dois governos do Rio foi mais difícil, tinha oposição do governo federal. Mesmo assim, fez um plano de investimentos que poucos fizeram até hoje. A eficiência administrativa era muito boa. Praticamente não havia endividamento


Dos  terrenos políticos, politico-sociais e internacionais

Brizola  subestimou o poder dos Estados Unidos antes do golpe militar. Ele achava que o poder dos americanos era só nas armas. Não era. O poder estava também em Wall Street e em Hollywood. O primeiro comanda a engrenagem financeira, o outro comanda como o mundo pensa e se comporta. Pouco antes de morrer, conversando com ele na fazenda, seu filho, João Otávio Brizola perguntou-o se ele não tinha se dado conta disso. Mas ele não aceitava. Nunca compreendeu que era muito difícil fazer as reformas de base da maneira que queria. Estava claro que quem mandava eram os Estados Unidos. Daí vem um gaúcho querendo implantar reformas. Outro erro estratégico ocorreu quando Brizola voltou ao Brasil (em 1979, depois de um exílio de 15 anos). Poderia ter chegado à Presidência e feito parte das reformas que tanto queria se tivesse sido um pouco mais flexível.

As coisas iam acontecendo e ele, certo ou errado, farejava os caminhos, alguns exatos, outros não, mas todos coerentes.

O impacto daquele texto – minto, não do texto, mas de Brizola obrigar a Globo a ler uma mensagem sua – também não teve nada de planejado, mas resultou do inconformismo que ele, com seu exemplo, injetou em alguns de seus companheiros.

Um pouco antes de sua segunda eleição, Brizola passou a ser atacado, sistematicamente, com artigos em O Globo, escritos – ou apenas assinados – por um certo Alcides Fonseca, um ex-deputado estadual eleito do nada pelo PDT e que se bandeou para a oposição a Brizola e, daí, para a poeira da história.
Por orientação do querido amigo Nilo Batista, Brizola passou a pedir, um por um, direito de resposta em O Globo. E, ao pedir, tinha-se já de oferecer o texto, e a tarefa me cabia, porque os anos e anos escrevendo com ele os “tijolaços”  me fizeram absorver um pouco do estilo e da alma inconfundíveis.

Dr. Nilo começou a vencer as causas, alguns artigos foram publicados e o “Fonsequinha” , como era chamado,  foi despachado do jornal.

Já no Governo, em 1992, Brizola dá uma entrevista, dizendo que por toda a sabotagem que a Globo fizera à Passarela do Samba, o prefeito da cidade, Marcello Alencar deveria negar à emissora a exclusividade da transmissão do Carnaval.

Foi o que bastou para que o jornal O Globo publicasse um editorial violentíssimo contra Brizola – o título era ”Para Entender a Fúria de Brizola”, acusando-o  de senilidade, “declínio da saúde mental”, e por suas relações, sempre institucionais, com o Presidente da República, Fernando Collor.]

À noite, o Jornal Nacional reproduziu, na voz de Moreira, o texto insultuoso.
Naquela noite, Brizola conversou com dois advogados: Arthur Lavigne e Carlos Roberto, Siqueira Castro, seu chefe da Casa Civil no governo estadual.

Um homem que era tão grande que  estar à sua sombra foi também – e é para sempre –  estar sob sua luz.





‘Todos sabem que eu, Leonel Brizola, só posso ocupar espaço na Globo quando amparado pela Justiça. Aqui citam o meu nome para ser intrigado, desmerecido e achincalhado perante o povo brasileiro.
Quinta-feira, neste mesmo Jornal Nacional, a pretexto de citar editorial de ‘O Globo’, fui acusado na minha honra e, pior, apontado como alguém de mente senil.
Ora, tenho 70 anos, 16 a menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. Se é esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, que o use para si.
Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos, que dominou o nosso país.
Todos sabem que critico há muito tempo a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações. Mas a ira da Globo, que se manifestou na quinta-feira, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípios. É apenas o temor de perder o negócio bilionário, que para ela representa a transmissão do Carnaval.
Dinheiro, acima de tudo.
Em 83, quando construí a passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar de todas as formas o ponto alto do Carnaval carioca. Também aí não tem autoridade moral para questionar. E mais, reagi contra a Globo em defesa do Estado do Rio de Janeiro que por duas vezes, contra a vontade da Globo, elegeu-me como seu representante maior.
E isso é que não perdoarão nunca.
Até mesmo a pesquisa mostrada na quinta-feira revela como tudo na Globo é tendencioso e manipulado. Ninguém questiona o direito da Globo mostrar os problemas da cidade. Seria antes um dever para qualquer órgão de imprensa, dever que a Globo jamais cumpriu quando se encontravam no Palácio Guanabara governantes de sua predileção.
Quando ela diz que denuncia os maus administradores deveria dizer, sim, que ataca e tenta desmoralizar os homens públicos que não se vergam diante do seu poder.
Se eu tivesse as pretensões eleitoreiras, de que tentam me acusar, não estaria aqui lutando contra um gigante como a Rede Globo.
Faço-o porque não cheguei aos 70 anos de idade para ser um acomodado.
Quando me insulta por nossas relações de cooperação administrativa com o governo federal, a Globo remorde-se de inveja e rancor e só vê nisso bajulação e servilismo. É compreensível: quem sempre viveu de concessões e favores do Poder Público não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesma.
Que o povo brasileiro faça o seu julgamento e na sua consciência lúcida e honrada separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram servis, gananciosos e interesseiros.’

domingo, 15 de junho de 2014

O Resgate do Soldado Ivan


Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro


Reprodução_Política_Afins




















A batalha decisiva pela libertação da Europa começou há 70 anos, em junho, quando um exército soviético de guerrilhas emergiu das florestas e charcos da Bielorrússia, para lançar ataque surpresa contra a retaguarda da poderosa Wehrmacht.

As brigadas do Exército Vermelho e combatentes da Resistência, entre os quais muitos judeus e foragidos de campos de concentração, plantaram 40 mil cargas de demolição. Devastaram as estradas de ferro, vitais para a conexão entre o Centro do Exército Alemão e suas bases na Polônia e no leste da Prússia.

Três dias depois, dia 22/6/1944, no terceiro aniversário da invasão de Hitler contra a União Soviética, o marechal Zhukov deu a ordem para o assalto principal contra as linhas alemãs. 26 mil armas pesadas pulverizaram as posições avançadas dos alemães. Os gritos dos foguetes Katyusha foram seguidos pelo rugido de 4 mil tanques e pelos gritos de combate (em mais de 40 línguas) dos 1,6 milhão de soldados soviéticos. Assim começou a Operação Bagration, assalto contra um front alemão de mais de 600 quilômetros.

Esse “grande terremoto militar”, como o designou o historiador John Erickson, só parou nos arredores de Varsóvia, com Hitler deslocando as reservas de elite da Europa ocidental para tentar conter a maré vermelha no leste. Resultado disso, tropas norte-americanas e britânicas que combatiam na Normandia não tiveram de enfrentar as divisões Panzer mais bem equipadas.


O que não se diz


Mas o que os norte-americanos algum dia souberam sobre a Operação Bagration? Junho de 1944 significa a Praia de Omaha, não o Rio Dvina a ser ultrapassado. A ofensiva soviética do verão foi várias vezes maior que a Invasão da Normandia (Operação Overlord),tanto na escala das forças envolvidas quando no preço direto que custou aos alemães.

No final do verão, o Exército Vermelho chegara já às portas de Varsóvia e às trilhas entre os Cárpatos que levam à Europa Central. Tanques soviéticos já haviam tomado em movimento de pinça o Centro do Exército Alemão e o destruíram. Só na Bielorrússia, os alemães perderiam mais de 300 mil homens. Outro gigantesco exército alemão fora cercado e seria aniquilado ao longo da costa do Báltico. E estava aberta a estrada para Berlim. Graças ao Soldado Ivã.

Não se trata de não ver os valentes que morreram no deserto do norte da África ou nas florestas geladas em torno de Bastogne. Trata-se, isso sim, de lembrar que 70% da Wehrmacht estão sepultados, não em campos franceses, mas nas estepes da Rússia. Na luta contra o nazismo, morreram cerca de 40 ‘Ivãs’ para cada ‘soldado Ryan’.

Hoje os especialistas estimam que 27 milhões de soldados e cidadãos soviéticos morreram na 2ª Guerra Mundial. Estranhamente porém, o soldado soviético comum – o mecânico de tratores de Samara, o ator de Orel, o mineiro de Donetsk, a menina do ginásio de Leningrado – é invisível na atual celebração e remitologização da ‘grande geração’.

É como se o “novo século norte-americano” não consiga jamais nascer sem, antes, exorcizar o papel central que os soviéticos tiveram na vitória epocal contra o fascismo, que marcou o século 20.

Verdade é que muitos norte-americanos são chocantemente ignorantes de grande parte da verdade sobre combates e mortos na 2a. Guerra Mundial. E até os raros que compreendem alguma coisa do gigantesco sacrifício dos soviéticos para derrotar o nazismo na Europa tendem a vê-lo em termos de estereótipos ‘jornalísticos’: o Exército Vermelho não passaria de horda bárbara movida pela besta fera do vingancismo e do nacionalismo russo. Combatentes civilizados, que defendiam ideais civilizados de liberdade e democracia, para os norte-americanos, só GI Joe e Tommy…

Por isso precisamente é ainda mais importante lembrar que – apesar de Stálin, do NKVD[5] e do massacre de uma geração de líderes bolcheviques – o Exército Vermelho sempre preservou elementos poderosos da fraternidade revolucionária. Aos olhos dos russos, e dos muitos que o Exército Vermelho livrou das garras dos nazistas, aquele ainda é o maior exército de libertação da história do mundo. Importante saber que o Exército Vermelho de 1944 ainda era exército soviético.

Entre os generais soviéticos que lideraram a tomada do rio Dvina havia um judeu (Chernyakovskii), um armênio (Bagramyan) e um polonês. Diferente das forças britânicas e dos EUA – divididas por classes e racialmente segregadas –, o comando do Exército Vermelho era escada aberta, embora difícil de escalar, de oportunidades.

Quem ainda tenha dúvidas da paixão revolucionária e da humanidade que unia todos no Exército Vermelho, deve consultar as extraordinárias memórias de Primo Levi (É isto um homem? Trad. Luigi Del Re. Rio de Janeiro: Rocco, 1988; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990) e KS Karol (Entre Dois Mundos). Ambos odiaram o stalinismo e amaram o/a soldado/a soviético/a comum, e viam nele/nela as sementes da renovação do socialismo.

Assim sendo, depois da recente [em 2004]  degradação, por  George Bush, da memória do Dia D, reduzido a cena explícita de apoio aos crimes dos EUA no Iraque e no Afeganistão,todos deveriam fazer a sua comemoração privada e de forma que o mundo tomasse conhecimento.

O pobre soldado russo, Ivã ou Boris, escravo do comunismo que era aliado do nazismo até quando Hitler mandou invadir a URSS, ganhou e não levou. O comunismo continuou e ele , depois da guerra, retornou à sua condição de escravo daquele estado opressor.

Enquanto isso o proletariado americano progredia até ganhar mais de 3 mil dólares de salário mínimo, podendo ter casa, piscina,e dois carros na garagem. Parabéns aos valentes soldados, russos, ingleses, americanos e brasileiros que lutaram para a derrota do nazismo, apesar de vedetinhas covardes como um tal “cineasta” beck que fez um filme para denegrir a  participação de milhões de indivíduos de outras nações e com papel tão importantes como o dos participantes da Batalha da Normandia na II Guerra Mundial.




quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Copa não esconde as barbáries e o caos é transparente em notas sutis



Por Antonio Siqueira - Do Rio de Janeiro



O Processo Eleitoral é uma Sátira Romana de Terceira, num deserto de tudo




Osvaldo Aranha sabia das coisas






















Senhoras e Senhores leitores de "Políticas & Afins", a pesquisa DAFOLHA é a palavra de ordem e o Planalto está à mil! Entramos na reta final da escolha de candidatos, pois o prazo fatal para as convenções termina dia 30. Como se sabe, o PT deixou a decisão para a chamada “undécima hora”, marcando a convenção para o dia 29, que cai num domingo. O suspense é eletrizante, porque a pesquisa Datafolha pode decidir se a presidente Dilma Rousseff será ou não candidata à sucessão. As pesquisas semanais encomendadas pelo PT vêm demonstrando que a exigência por mudanças está em viés de alta, enquanto a confiança de que o governo poderá executar essas mudanças aparece em viés de baixa. É evidente que no decorrer da campanha essa tendência acabará favorecendo os dois principais candidatos de oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O marqueteiro João Santana, que é uma espécie de 40º ministro, o único a quem Dilma ouve e respeita, não sabe o que fazer. Sua última criação, o decreto dos “Conselhos Sociais”, que não deu muito certo como factóide político, recebendo mais críticas do que elogios. A frase dele é sintomática: “A coisa está ficando feia”. E Dilma faz o que pode. No desespero, percorre o país e inaugura obras inacabadas ou que já haviam sido inauguradas, vale tudo em busca do tempo proustianamente perdido.
Para o PT, também vale tudo, menos perder a eleição. Por isso, o movimento “Volta, Lula” está cada vez mais forte nos bastidores do partido. Não há praticamente apoio a Dilma. Pragmaticamente, os petistas não entendem por que insistir numa candidatura que pode perder, se as pesquisas indicam que Lula tem muito mais chances.
Em meio a esse teatro de absurdos, é aguardada com ansiedade a pesquisa Datafolha. Se seus números não coincidirem com as pesquisas sigilosas do PT, Dilma terá um alívio e a decisão do PT fica para depois. Mas se o Datafolha confirmar o viés em alta da insatisfação popular, a candidatura dela passará a valer menos do que uma nota de três reais. Não existe saída, não existe campos férteis de ideias, apenas a esterilidade forjada por ervas daninhas e parasitas institucionais.
Hitler – nunca é demais lembrar – chegou ao poder por meio do voto. Pela escolha consciente de milhões de pessoas.



Boa fé crocodila no país do clientelismo nato

A Suíça suspendeu “toda a cooperação judicial com o Brasil” por vazamento de dados sigilosos da apuração que envolve o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e outros alvos do caso Alstom. Marinho é investigado sob suspeita de receber propina da multinacional francesa para beneficiá-la em um contrato do setor de energia fechado em 1998, durante o governo tucano de Mário Covas.

Segundo os suíços, o Brasil teria violado dois dos principais pontos do acordo de cooperação. Um deles se refere à proteção à privacidade dos suspeitos. Na Suíça, até que alguém seja condenado, seu nome é mantido em sigilo. Outra violação foi do princípio de “boa-fé”. Ao enviar os documentos, os suíços presumiam que seus colegas brasileiros respeitassem critérios e regras observadas no país europeu. Aqui as coisas precisam ser avisadas ao fudo, off course.



Joaquim Barbosa, o nosso mais novo Janio Quadros?

Muito se especula sobre a decisão do ministro Joaquim Barbosa de deixar o Supremo Tribunal Federal. Os seus antagonistas e detratores – em grande parte pessoas ligadas ao PT – atribuem a um movimento de fuga para não enfrentar derrotas previsíveis nos desdobramentos do Julgamento do Mensalão, com a atual composição da Corte. Mas pode ser que a decisão de Joaquim tenha a ver mais com o corporativismo dos juízes e toda a injustiça do Judiciário, montanhas imensas, muito difíceis de remover.

Ele combateu o bom combate para tornar a justiça menos iníqua no Brasil, mas essa é missão para muitos milhões, para a multidão. Um Joaquim só não faz verão. O Brasil já ganhou no Julgamento do Mensalão e Joaquim foi decisivo na história. Agora o Mensalão já era. Nenhuma vitória futura dos mensaleiros no STF vai mudar o placar. De que valeu a “absolvição” de Fernando Collor? Há outras versões para a saída precoce, como os problemas de saúde. Poder ser...Ou porque Joaquim encheu o saco. E há a hipótese de que quer se livrar dos insultos e ameaças de morte de milicianos petistas. Mas isso a renúncia não vai resolver. O ressentimento e o ódio costumam durar mais que a vida. Mesmo assim, Joaquim deveria sim, vir a público, pois o comprometimento e a cumplicidade de suas decisões se atrelou ao povo.

Quando você se torna uma figura pública, sua vida passa a não mais lhe pertencer unicamente. Você assume uma espécie de compromisso com a coletividade. No caso de Joaquim Barbosa, ele havia se transformado num símbolo para muitos brasileiros que são pessoas de bem e insistem em lutar por um Brasil melhor. Ninguém esperava que o ministro fosse se autoeclipsar, de uma hora para outra, sem maiores explicações. Sua trajetória ficou pela metade. Tornou-se também um ídolo pela metade.

*Na mesma semana em que o ministro Joaquim Barbosa anunciou sua saída precoce do Supremo Tribunal Federal, noutro ponto do país Lula aconselhava sua pupila: “Durante a campanha, seja Dilminha, paz e amor…”.




No Rio de Janeiro, nos sinais da Zona Norte e Sul, não é difícil ganhar um destes


Digitalização_Políticas_e_Afins


















Isolacionismo? Onde?

Em um momento em que os Estados Unidos tentam, inutilmente, isolar a Rússia, atacando-a com sanções, e enfraquecer a unidade dos BRICS, Putin viajou a Pequim e fecha o que pode ser chamado de o maior acordo comercial da história: o fornecimento, pelos russos, de 400 bilhões de dólares em gás, à China, pelos próximos 30 anos. Historicamente estendida entre o Leste e o Oeste, a Rússia, traz, em seu brasão, uma águia bicéfala dourada sobre campo vermelho. A partir de agora, uma cabeça vigiará, permanentemente, o Ocidente, enquanto a outra trabalhará, junto com o Urso Chinês, na epopeia da construção da Nova Eurásia, nas vastas estepes do oriente.



Pão, Circo, sim....mas com um caldinho de consciência, que não faz mal a ninguém.

Antes de bancar o inocente útil, ou melhor, o idiota inútil e cair no oba-oba desta Copa do Mundo, visite um posto de saúde ou um hospital público de sua cidade, qualquer que seja ela.
Aproveite e dê, também, um pulo numa escola pública. Visite uma comunidade carente. Mudaram o nome das favelas,mas não mudaram as condições de vida de seus habitantes.
Depois torça, divirta-se, pois os jogadores que estão lá são, além de atletas, os IDIOTAS ÚTEIS, mas não imbecis, pois são bem pagos. É só uma questão de consciência civilizacional, entende?






Eles não têm piedade de ninguém

@marigo
Foi anteontem. O fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, 63 anos, saiu de casa para caminhar no Aterro do Flamengo. Ao voltar para casa de ônibus, sentiu fortes dores no peito dentro do coletivo (linha 422, Grajaú-Cosme Velho). Sem perder tempo, o motorista Amarildo, imediatamente, parou o ônibus na porta do Instituto Nacional de Cardiologia  (INC) e pediu que socorressem aquele passageiro. Amarildo — e mais gente com ele — todos imploraram socorro, justamente na instituição pública federal especializada em cardiologia. No entanto, como noticiam os jornais de ontem e de hoje, Luiz Cláudio “não recebeu qualquer cuidado dos médicos do instituto… após dez minutos de espera, ele foi atendido pela equipe de uma ambulância que chegava ao instituto. Só meia hora depois à parada do ônibus é que bombeiros do Samu chegaram para prestar socorro. Eles tentaram, em vão, reanimar o fotógrafo por 40 minutos… Além de a unidade de saúde não ter serviço de emergência, os profissionais de saúde estavam em greve”.

Não existe motivo algum, minimamente plausível, para que Luiz Cláudio não fosse socorrido pelo INC. Imediata e eficazmente socorrido. Dizer que lá não existe serviço de emergência é de um cinismo sem igual e repugnante. Tem, sim. E tem muito mais que uma emergência. Tem um serviço completo e moderno e que as emergências não têm. Tem médicos e pessoal especializado. Tem equipamentos e tecnologia avançadas e específicas para prestar todo tipo de socorro aos cardíacos. Mais ainda àquele que está com a vida por um fio, agonizante, caído no chão de um ônibus parado na porta do INC e com o coração quase parando. Até que parou de bater. No que diz respeito à greve, subscrevo o editorial de hoje do O Globo: “HOMICÍDIO - A SAÚDE é um serviço essencial, regido por normas em caso de greve, a fim de que, em hipótese alguma, haja risco de vida e a segurança do cidadão.O CONTRÁRIO do que ocorreu no caso do fotógrafo Luiz Claudio Morigo, que morreu num ônibus, em frente ao Instituto Nacional de Cardiologia, devido à falta de atendimento por médicos de braços cruzados. UM TRÁGICO episódio que exige investigação policial séria, para cobrar responsabilidades, inclusive com o possível enquadramento de culpados por homicídio“.
A diretora médica do INC, Cynthia Magalhães disse que "jamais houve omissão de socorro e sim o mal atendimento da segurança do Instituto". Doutora, quem deve receber o público em tão importante instituição médica é, com certeza, um Profissional de Saúde Capacitado, não um segurança. O segurança sim, deve estar ali, dando apoio e logística. A culpa, como nos romances, filmes e folhetins tão batidos, obviamente, recai sobre o "Mordomo". Falta mesmo é humanidade, humildade, decoro, ética e vergonha na cara não só na Saúde deste país de iludidos, mas em todos os setores públicos a ele vinculados. A verdade é que há tempos não se precisa do Estado, sustentamos o Estado e seus parasitas, como burros de carga. Que o astral tenha piedade destes profissionais omissos e graduados pelo efeito borboleta da bestialidade acadêmica,. que pode ser um efeito devastador...SIM! +Doutora, reze para que a cobra do cajado de São Lucas não fume. ¬¬
A nota de esclarecimento fornecida pelo INC em sua home




Revolta de blogueiro? Isso é normal...Mas...pelas cuecas do Lalau!!!

Desta vez, não tem mais como manter os mensaleiros na prisão. Temos de respeitar nossas leis e nos conformar. O Brasil é assim mesmo, não vai mudar nunca. Se o juiz Nicolau dos Santos Neto já ganhou o alvará de soltura, por haver cumprido 1/6 da pena, ter mais de 60 anos e sofrer de doença grave, o que os mensaleiros estão fazendo na Papuda?

Vamos deixar de lado nossas convicções sobre o que é certo ou errado, vamos aplaudir os corruptos, vamos endeusar Sérgio Cabral, Blairo Maggi, Newton Cardoso, José Roberto Arruda, a família Lula com Rosemary e tudo, a família Maluf, a família Perrela, a família Roriz, a família Sarney, a família Jefferson, a família ACM, a família Collor e por aí a fora.  Senhoras e Senhores, este país está de cabeça para baixo, Ruy Barbosa era um imbecil e o povo deveria ter eleito Ademar de Barros, aquele do rouba, mas faz. Até os comunistas são corruptos, o PCdoB é de fazer Marx e Engels se revirarem no túmulo.

O Guerrilheiro Genoíno virou um farsante que se finge de doente, o militante banido Dirceu tem conta das ilhas Cayman, é amigo de Eike e também está milionário, enquanto o sindicalista Lula agora é codinome Barba, colaborador da ditadura, Bolsonaro que ser candidatar à Presidência da República, a guerrilheira Dilma Rousseff se alia a qualquer pilantra que lhe garanta meia dúzia de votos, a ex-ministra corrupta Erenice Guerra tornou-se uma das mais bem sucedidas lobistas de Brasília, é um nunca-acabar de velhas novidades.

DESESPERO: Estado de angústia e impaciência na qual se encontra um indivíduo. Desesperança com irritação. O desespero enlouquece e pode causar desapego. Lembrou-me O Desespero Humano (Sygdommen til Døden em dinamarquês, literalmente "A Doença até à Morte"). Livro muito louco e muito bom, escrito pelo filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard em 1849, sob o pseudônimo Anti-Climacus. Trata o conceito de desespero de Kierkegaard, equiparado ao conceito cristão de pecado. Muitos dos termos utilizados nesta obra mostram uma conexão inegável com os conceitos utilizados mais tarde por Freud, segundo meu amigo e psicologo, Marcos Azevedo, frisou-me há alguns anos e não me esqueço em momentos de terrível transição como estes que testemunhamos agora...NOW.  Eu vou descer. Parem esta PORRA!!!Vou à Copa...A Copa da Eternidade Petista está aí, está aqui pertinho de casa. Para quê filosofar, se com meia dúzia de palavrões eu derrubo uma imensa jaca do pé???




Que ladrem! Alguém ensinou que as coisas não eram bem assim, mas...

Não dá para esquentar a cabeça com os militantes petistas. São facilmente identificáveis por suas declarações sem fundamento. Tentam justificar os crimes de seus chefes citando pretensos crimes de outrora. Mas são tão despreparados que não percebem que, se FHC cometeu crimes, foi o PT que prevaricou ao não mandar apurar ao longo dessa década da dinastia petista. Só fanáticos da 'seita petista' ainda têm o descaramento de defender as práticas nojentas desse partido. É o único partido oficialmente declarado bandido. Defendem de forma intransigente seus companheiros condenados e querem atropelar todos que atrapalhem seu projeto de poder. Não moveram uma palha para reverter o que FHC fizera de ruim e agora, com a corda no pescoço, querem promover essas investigações com décadas de atraso. A anarquia é geral.

Quem aprendeu a grande política com Leonel de Moura Brizola sabe perfeitamente que generalizar não é preciso. É possível se fazer política tendo retidão moral e probidade no trato com o erário. Em quase todos os partidos há gente do bem ou não. Mas 100% de quem não presta, somente no PT. Quanto aos petistas de boa fé, também conheço alguns, mas não boto a mão no fogo, porque se afiguram como fanáticos de uma seita, sem conseguir enxergar o óbvio. Se têm boas intenções? Vai saber… Faz 10 anos que Brizola se foi. Está fazendo muito falta por aqui. Sem CIEPs, jamais teremos educação de qualidade para o povo. Collor e Itamar enxergaram isso e criaram os CIACs, uma versão federal dos CIEPs. Mas os governantes seguintes simplesmente se omitiram.



By Mario






















A Evangelização do Dinheiro e o ilusionismo canalha


País rico é o de povo mais forte e governo menos corrupto. A frase que substituiu a do país de tolos poderia ser essa. Por que não? E viva os multiplicadores evangelizados e "preferidos"! \o/
Temos que chamar o psicanalista Caio Fábio para explicar a aplicação pelo governo da “teologia da prosperidade” no Brasil.
Essa doutrina se multiplica na televisão, no governo, contaminando e implodindo igrejas, mentes e Estados. Ela já minou e descaracterizou o cristianismo, pois não tem nada a ver com as suas bases e com seu conteúdo de humildade, verdade e não manipulação bíblica, prudência, sabedoria, amor, justiça e caridade, e também está matando o Brasil, pois encontra-se instalada e em plena aplicação no governo do país rico (que só paga mico). Contribua mais, mais, mais, mais, cabalística e cavalísticamente para pagar juros, desviar, doar, emprestar com molezinha, enriquecer e dar boa vida aos vigaristas, e você será “abençoado” por um “Uelfairisteiti”. Trabalhe mais, mais, mais para carregar o clero e a nobreza da politicalha e de seus amigos nas costas.
O problema dessa “teologia da prosperidade” governamental é que ela só gera prosperidade para um lado, aquele que tributa, aquele que recebe, aquele que se beneficia. Para aquele que é pesadamente tributado, jurado e enganado, essa doutrina herege somente gera pobreza e desilusão, por ter confiado demais nos homens. Então, Militância Doente, filhos de Priscas Eras Ditatoriais, Filhos de Sarneys, "geração Collorida" nos topetes dos itamares e FHCs; Haja latrina para tanto ofício "merdal institucional".





Não é costume deste cronista neste Política & Afins, mas hoje tem MÚSICA:







domingo, 1 de junho de 2014

Estupidômetro

Por Osvaldir Sodré da Silva  - do Rio de Janeiro   


     Ser escritor é se dedicar à arte de contar histórias, por meio de palavras, contribuindo para a literatura.
         Impressas, quem lê, ouve a voz, sente as sensações, e transforma-se no próprio escritor.
         Ao "entrar dentro do livro", que lê, tem a sensação de um orgasmo.

      Pela escrita, conhece-se o mundo que ainda está por vir, vivenciamos o nosso tempo, e os de outrora.
     
       Assim foi, que conhecemos, por exemplo, Portugal, por Fernando Pessoa, a Bahia por Jorge Amado, os indígenas por José de Alencar, e o Rio de Janeiro por Machado de Assis.

 E justo Machado, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta,
novelista, romancista, crítico e ensaísta, e natural do próprio Rio de Janeiro, querem atingir.
Com Monteiro Lobato, ao acharem que seus textos eram racistas, quiseram tomar-lhe as obras, ficando nítido que esta turma que não tem nada a fazer, não leu outros tantos autores, que dentro da liberdade de expressão, mancharam mais que Monteiro, com o negro, o sexo e a religião, as páginas brancas de seus livros. Agora para que os que não o alcançam Machado, possam ler, suas obras serão reescritas.


      No meu período de estudante, tinha o prazer de pegar o trem, saltar na Central, e ir a pé, até a Biblioteca Nacional, ou ao Gabinete Português de Leitura, para fazer pesquisas, e mesmo que ali não fosse, em casa, ou na escola, havia sempre um dicionário ao meu lado para tirar dúvidas.

      Se o incentivo da leitura, veio dos meus pais, continuou com os professores, um dos quais me ensinou ao consultar uma palavra no dicionário, correr os olhos nas demais, nas páginas à minha frente, assimilando não somente a que procurava.


Ora, se chegaram a conclusão que os jovens, e os que não atingem o bom vernáculo, não entendem Machado, deveriam incentivar esta juventude, e os sem alfabetização plena, para fazer bom uso de uma ferramenta atual, a internet, que tira quaisquer dúvidas na hora.



          No entanto, mais uma vez o Estado se mete, e torna oficial a proposta execrável de um qualquer.

       Conservo pequena biblioteca em casa. A coleção “Os Pensadores”, chamou a atenção de meu genro, e fico a pensar o que faríamos para que os jovens entendessem Kant, Marx, ou Nietzsche, ou Tom Jobim, estudioso de Villas Lobos e Debussy, se reescreveria, e para o jovem entender o Tom, passasse para funk ou rap?

           Se pudéssemos ter uma “estupidômetro” para medir tal imbecilidade, ele explodiria.


Não restam dúvidas! O Brasil, passa por uma fase ruim, para o populismo, politicamente correto, que para dar certo, tudo é nivelado por baixo.

Será que Machado de Assis, só serve as elites, e baixar o nível, passa a  ser mais democrático? Não, é justamente o contrário.

         Lamentável! Mais uma bolsa para o povão, como se a gratuidade do Estado fosse a solução, o que está longe de ser, já que estas ações, empobrecem a língua, e mantém o atraso cultural.



*Osvaldir Silva é professor de Português, Literatura e Espanhol

sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Rússia não precisa da Europa, tampouco dos EUA



Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro


Parceria




















     A China é o parceiro comercial mais importante da Rússia: cerca de dois terços das importações chinesas do país são petróleo ou gás natural. Um novo acordo bilionário de exportação de petróleo e gás, selado nesta quarta-feira entre os dois países, reforça a importância desta relação. É um acordo que vinha sendo forjado há muito tempo, com os chineses hesitantes sobre os custos. Mas os valores contam apenas parte da história. O acordo acontece em um momento em que as tensões entre a Rússia e o Ocidente aumentaram, principalmente por causa da crise na Ucrânia.

     E o problema não é só a Ucrânia: há diferenças fundamentais entre os dois lados a respeito da Síria e sobre a direção para a qual o presidente Vladimir Putin está conduzindo o país. De fato, em alguns momentos Putin parece estar posicionando a Rússia como um polo alternativo em relação ao que ele parece considerar valores decadentes do Ocidente. Portanto, o acordo entre a estatal russa Gazprom e a chinesa Corporação Nacional de Petróleo pode simbolizar um momento importante de transição, quando, tanto em termos econômicos quanto geopolíticos, o olhar da Rússia começa a se volTar mais para o Oriente do que para o Ocidente.

     Mas a “guinada oriental” da Rússia também tem seus problemas. Mesmo que o país se considere uma potência “eurasiática” em termos geográficos, Pequim é claramente o ator em ascensão. O papel da Rússia é de um importante fornecedor de energia – o país também vende quantidades significativas de petróleo e gás para o Japão e a Coreia do Sul -, o que lhe permite uma participação importante na região. O acordo, entre a estatal russa Gazprom e a Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC, na sigla em inglês), foi negociado durante dez anos.

     A Rússia vem tentando encontrar mercados alternativos para o seu gás natural, diante da possibilidade de sanções europeias por causa da crise na Ucrânia. O valor oficial do acordo não foi divulgado, mas acredita-se que seja de mais de US$ 400 bilhões (R$ 884 bilhões). O novo contrato deve garantir o envio de cerca de 38 bilhões de metros cúbicos de gás por ano para a China, a partir de 2018.

     Mas isso também pode ser encarado de maneira diferente: uma tendência que enfatiza o papel crucial das exportações energéticas nas finanças russas – uma dependência que pode facilmente se tornar tanto uma fraqueza quando uma força.

     De fato, o tempo que foi necessário para que Moscou chegasse a esse acordo com Pequim pode mostrar com quem está o real poder de negociação. Em nível estratégico, a Rússia parece estar reforçando seus laços militares com Pequim. Exercícios navais conjuntos estão sendo realizados neste mês. Mas dada a miríade de tensões na região causadas pela escalada marítima da China e sua crescente disputa em questões regionais, uma aliança mais próxima com Pequim pode ser pouco interessante, já que pode dificultar o avanço nas relações com outros atores regionais, como o Japão.

     O momento em que esse acordo foi feito reforça inevitavelmente seu significado geopolítico, mas ainda é muito cedo para delinear as verdadeiras consequências da crise ucraniana. Para começar, não sabemos exatamente como ela vai terminar. Moscou pode ter desistido de uma intervenção militar em grande escala, mas é difícil enxergar qualquer mudança na visão de longo prazo de Putin para uma Ucrânia enfraquecida como um Estado-tampão entre a Rússia e o Ocidente.

     Diferentes afirmações estão sendo feitas no momento: que a era pós-Guerra Fria chegou ao fim; que os países europeus certamente tentarão reduzir significativamente a dependência da energia; que a missão principal da Otan foi reafirmada e que a aliança militar ocidental teve sua vida útil estendida. Uma mudança de foco da política russa em direção ao Oriente pode ser parte disso.

     Todas essas afirmações podem ser verdadeiras, mas ainda é cedo para dizer. A Rússia continua sendo, em parte, uma potência europeia, ansiosa por salvaguardar os direitos das minorias em uma variedade de países na região que o país considerava seu “exterior próximo” ou seu quintal. Isso, também, não deverá mudar. A Europa precisa sim, por demais, da Rússia. E deveriam repensar atitudes unilaterais em detrimento a Washington e pôr as barbas de molho.


fonte: bbcworld


domingo, 18 de maio de 2014

Lula quis fazer uma borboleta e produziu um morcego

Por Antonio Siqueira - do Rio de Janeiro



                                   Let it be ... and fuck


















Todos os dias me vem à lembrança a figura do Lula oferecendo o Brasil para sediar a Copa de 2014 com aquele ar de Moisés malandro levando o povo à terra prometida. Entre os anos de 2003 e 2007, o governo brasileiro suou o topete para alcançar o espetacular objetivo. Antes da Copa da África do Sul, a propósito do “Let it be! (Pois que seja!)” com que o bispo Desmond Tutu respondeu aos jornalistas que lhe perguntaram se os estádios sul-africanos não se transformariam em elefantes brancos: “A FIFA impõe aos países eleitos para acolher seu empreendimento exigências que só se cumprem despejando bilhões de dólares nos seus cofres, nas betoneiras das construtoras e nos altos fornos das siderúrgicas. Se fosse bom negócio, não faltariam empreendedores interessados em bancar a festa porque sobra no mundo dinheiro com tesão para o crescei e multiplicai-vos." Brilhante!

Os delírios de grandeza e a notória imprudência do líder máximo do petismo nacional mobilizaram a opinião pública que aceitou a Copa como um dos "símbolos" do Brasil Potência Emergente. A maior parte do povo brasileiro, do mesmo modo como espera o último dia de qualquer prazo para fazer o que deve, esperou o último ano anterior ao evento para perceber o descompasso entre o oneroso Brasil da FIFA, para inglês ver, e o carente Brasil dos brasileiros. E aí, alguns pularam, irresponsavelmente, do oito para os oitocentos: “Não vai ter Copa!”. Como não vai ter Copa? Vai ter, sim, e não serão alguns milhares de meliantes presunçosos que vão impedir a realização do evento. A estas alturas, com o pouco de vergonha que nos reste na cara, faremos a Copa.



Quem pariu a Copa que a embale



Lula quis fazer uma borboleta e produziu um morcego. Os espaços que nestes dias a mídia do resto do mundo dedica ao Brasil, em vez de exibir as maravilhas nacionais como sonhava o Lula, estão tomados por severas admoestações aos viajantes sobre os riscos de vir ao nosso país. Nosso cotidiano, descobrem, é assustador. A potência emergente foi tomada de assalto pelo crime organizado, tanto nos últimos andares do poder, no grande mundo, quanto no submundo. É só ligar a TV no canal certo e assistir aos noticiários do horário noturno para nos depararmos com cenas que ora lembram ocorrências de países em guerra, ora nos nivelam com as mais atrasadas republiquetas da África Subsaariana.

Se Lula, se Dilma, se o petismo dominante pretenderam transformar a Copa numa excelente oportunidade para o marketing pessoal, político e – até mesmo – nacional, seus burros empacaram dentro d’água. Foi mal, para dizer como a gurizada destes tempos. A atualidade brasileira, a violência e a insegurança de nossas ruas fazem lembrar o que Eça de Queirós escreveu numa crônica de 1871 quando se falava, em Lisboa, sobre os turistas que viriam à terrinha com a construção de uma ferrovia ligando Portugal à Espanha. Escreveu então o mestre lusitano: “A companhia dos caminhos de ferro, com intenções amáveis e civilizadoras, nos coloca em embaraços terríveis: nós não estamos em condições de receber visitas”.

Não estamos, mesmo. Mas agora, quem pariu a Copa que a embale. Que apresente e justifique ao mundo, aos nossos visitantes, o Brasil real, a insegurança das nossas ruas, a violência do cotidiano nacional, nossa incapacidade de cumprir prazos, a limitação monoglota de nossos aeroportos, hotéis, restaurantes e táxis e as muitas tentativas de passar-lhes a perna a que estarão sujeitos.
É o lamentável Brasil de 2014.





E fazer o quê? Ah sim: UMA REVOLUÇÃO CULTURAL NOW!!!



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Filme Queimado


Por Antonio Siqueira  - do Rio de Janeiro





@arte_web


















   


     A Guerra dos Trinta Anos terminou, na Europa, em 1648, com o Tratado de Westfália. Entre os entendimentos feitos pelas potências antes em choque, estava o da proteção à figura dos embaixadores. A partir daquele ano e supostamente até a eternidade, quando dois ou mais estados entrassem em guerra, seus embaixadores no país adversário não poderiam ser presos, punidos ou sofrer qualquer coação. Passou a obrigação dos governos onde estavam   acreditados devolve-los sãos e salvos aos países de origem.

     Vieram novas conflagrações, na Europa e no resto do mundo, e o compromisso foi respeitado. Mesmo Hitler garantiu a devolução a Londres e a Paris, depois a Washington e até ao Rio de Janeiro, dos embaixadores dos países em guerra com a Alemanha. Mesmo no caso de guerras não declaradas formalmente, ou de revoluções internas, seus líderes e responsáveis preservavam os representantes de outros países, ainda que implicados nos entreveros locais. Preveniam-se todos, porque o que acontece de um lado pode acontecer do outro.

     Isso até setembro de 1969, quando o Brasil, não propriamente deu lições ao mundo, mas um péssimo e execrável exemplo. Assistimos adversários do regime militar sequestrarem os embaixadores dos Estados Unidos, da Suíça e da Alemanha Ocidental, além de um cônsul do Japão.Quaisquer que fossem as motivações dos que lutavam contra a ditadura, foi um horror. Não havia no mundo know-how para sequestros de diplomatas. O governo americano impôs que o governo brasileiro, então uma abominável junta militar, cumprisse todas as exigências dos sequestradores, inclusive as de mandar 15 prisioneiros políticos para o México. Depois, nos sequestros seguintes, outros para a Argélia e o Chile.

     A moda pegou lá fora. Em Montevidéu, tupamaros uruguaios apoderaram-se de um diplomata brasileiro. Em Lima, o Sendero Luminoso prendeu treze embaixadores estrangeiros de uma só vez. E foi assim por diante, a ponto de a diplomacia dos Estados Unidos estabelecer regras rígidas que valem até hoje: não negociar com terroristas. Quem quiser ser diplomata que seja, mas sabendo que seu governo não tomará qualquer iniciativa negociada para libertá-lo, à exceção de invasões armadas de comandos nos locais do cativeiro. Mesmo assim, com as exceções de sempre, mais as cautelas ligadas à segurança de embaixadores e de altas autoridades em visita a outros países, tinha-se a impressão da volta gradativa ao civilizado espírito de Westfália.

     Corremos o risco de o Brasil ministrar novos "bons exemplos" ao mundo. Às vésperas da copa do mundo ficamos sabendo da preparação de fartos contingentes da Polícia Federal e demais entidades nacionais de segurança, especializando-se em evitar sequestros de diplomatas e até de chefes de estado e de governo estrangeiros dispostos a vir assistir as partidas de seus selecionados. Detalhado esquema de proteção aos ilustres visitantes está sendo elaborado, envolvendo aeroportos, hotéis, trajetos e estádios para onde se dirigirão. A um custo muito alto, previne-se o aparato brasileiro de segurança, claro que com o auxílio de serviços afins de países estrangeiros, para evitar o vexame de sequestros. As atenções voltam-se para os black-blocs e grupos ligados às campanhas contra a realização da copa. Pelo jeito, estão de olho também nos líderes do tráfico de drogas, na verdade os chefes destes desocupados... depredadores e assassinos. No mais, o governador do Estado do Rio de Janeiro, bandido colérico de colarinho branco e sob o manto de seu terno armani engomado pela língua do capeta, vê o seu "acordo" com o narcotráfico ir por água abaixo, por que este não soube controlar a ganancia de seus amigos milicianos, que já agiam até em comunidades pacificadas. Na verdade, Sergio Cabral tem uma dívida imensa com as milícias cariocas. Sem elas, talvez não se elegesse de maneira tão ampla.


     Só admitir-se essas providências, convenhamos, é uma vergonha. Se alguma tentativa de sequestro acontecer, o país com o filme já estorricado de priscas eras, assistiremos ao vivo in loco, a imagem do Brasil desfazendo-se em mil pedaços pelo planeta inteiro. Graças a uma minoria de cancros sociais irresponsáveis que deveriam estar enjaulados.



*Faltam 35 dias para a Copa do Mundo no Brasil; Save-se quem puder!